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Padres paraibanos lançam manifesto contra o ‘golpe’

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publicado em 25/03/2016 ás 18h32
atualizado em 25/03/2016 ás 18h39

Um grupo de padres paraibanos, liderados por Djacy Brasileiro (foto), lançaram recentemente um manifesto contra o suposto golpe contra o PT e o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Além de Djacy, também assinam o documento: Antônio Maria, Alex Victor Cauchi, Waldemir Santana, Gedeon Oliveira, Hélio Rosa e Paulo Cabral.

No abaixo-assinado, os padres dizem que em comunhão com a CNBB (Conferncia Nocional dos Bispos do Brasil), dizem que defendem o estado democrático de direito.

“Petistas ou não, se forem corruptos precisam ser julgados e, se condenados, punidos. Contudo o que assistimos é uma execração pública e desrespeitosa dirigida a lideranças respeitadas internacionalmente e legitimamente eleitas pela maioria dos brasileiros, em oposição a corruptos publicamente comprovados que continuam blindados pela mesma força política e pelo aparato estatal que pede a punição antecipada de Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousself”, diz a nota.

“O momento é grave e o problema é muito mais sério do que a maioria da população, informada apenas pela Rede Globo, consegue imaginar. A elite burguesa, branca e historicamente corrupta deste país não está preocupada em acabar com o instrumento que tão bem ela mesma criou para governar e manter-se no poder (a corrupção institucionalizada). Ela está desesperada frente a possibilidade de perder espaço de poder”, acrescenta.

Confira o manifesto na integra abaixo:

MANIFESTO DOS PADRES PARAIBANOS “CONTRA O GOLPE, A FAVOR E EM DEFESA DO ESTADO DE DIREITO E DEMOCRÁTICO”

Nós abaixo-assinado, e, em comunhão com a CNBB (Conferncia Nocional dos Bispos do Brasil), sacerdotes e servos do povo de Deus, na Arquidiocese da Paraíba, diante do momento histórico que estamos vivendo entendemos ser parte da nossa missão profética, um posicionamento claro e público a favor do direito democrático, da ordem social e política ameaçada surpreendentemente por autoridades e lideranças que têm o dever de defendê-la.

Lembramo-nos do canto do Pe. João Carlos que por tantos anos embalou a missão da igreja de base nos campos e periferias deste imenso país. Parece-nos que hoje, mais do que nunca ele é atual e precisa ser novamente cantado pelo povo de Deus, fortalecendo e renovando a mística em defesa da Vida, dos empobrecidos e injustiçados!

“Senhor, como vive esse povo sofredor,
Lutando pra afirmar o seu valor.
Quem devia governar se aproveitou,
Quem devia denunciar esmoreceu,
Quem devia reclamar se omitiu,
Quem devia censurar, abençoou…”(…)

Com este canto afirmamos nosso posicionamento contra toda a corrupção e exploração alimentadas pela lógica capitalista e neoliberal. Mas afirmamos que o justo enfrentamento e combate à corrupção não é celetista nem manipulável.
Quando acompanhamos a denuncia unilateral e personalista dos “corruptos petistas”, nos perguntamos pelos autores da histórica corrupção neste país. O engodo de que a corrupção tem CNPJ declarado, CPF e residência, é um engodo diante do qual não podemos nos calar.

Petistas ou não, se forem corruptos precisam ser julgados e, se condenados, punidos. Contudo o que assistimos é uma execração pública e desrespeitosa dirigida a lideranças respeitadas internacionalmente e legitimamente eleitas pela maioria dos brasileiros, em oposição a corruptos publicamente comprovados que continuam blindados pela mesma força política e pelo aparato estatal que pede a punição antecipada de Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousself.

O momento é grave e o problema é muito mais sério do que a maioria da população, informada apenas pela Rede Globo, consegue imaginar. A elite burguesa, branca e historicamente corrupta deste país não está preocupada em acabar com o instrumento que tão bem ela mesma criou para governar e manter-se no poder (a corrupção institucionalizada). Ela está desesperada frente a possibilidade de perder espaço de poder.

Diante disso DENUNCIAMOS O GOLPE FASCISTA e ANUNCIAMOS NOSSO IRRESTRITO APOIO À LUTA E RESISTENCIA POPULAR, protagonizada pelos movimentos e organizações sociais populares, pelos sindicatos e partidos que historicamente sempre estiveram na defesa de um projeto popular neste país. Deste modo assinamos e assumimos nosso compromisso com o processo democrático Brasileiro:

Pe. Waldemir Santana.
Pe. Gedeon Oliveira.
Pe. Alex Victor Cauchi.
Pe. Hélio Rosa.
Pe. Paulo Cabral.
Escola de Fé e Política.
Pe. Djacy Brasileiro.
Pe. Antônio Maria.

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