João Pessoa, 13 de junho de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Jornais de esportes de vários lugares do mundo não economizaram nas críticas ao futebol brasileiro, após mais um vexame da seleção canarinho – eliminação na primeira fase da Copa América, em uma chave onde figuravam Haiti, Peru e Equador. O Gazzetta dello Sport, da Itália, estampou a seguinte manchete: “Do 7 a 1 da Alemanha ao Peru: o Brasil não existe mais”.
Na França e na Espanha, as críticas também foram duras, direcionadas principalmente ao futebol brasileiro – à ausência do futebol arte e não apenas ao técnico Dunga, como resume boa parte da imprensa brasileira. Aqui, cobram a saída do técnico e já projetam a chegada de Tite.
A qualidade do nosso futebol, no entanto, parece não ser problema.
Parece até que temos camisa 10, um capitão, uma zaga segura, laterais que apoiam e cruzam na área, jogador de personalidade – que assuma a responsabilidade ao invés de se preocupar apenas com a própria imagem e conta bancária.
É demais cobrar isso?
É saudosismo?
Se não tiver essas características – e é o caso do Brasil – não tem técnico que dê jeito. Dunga, por exemplo, substituiu Felipão, que substituiu o Mano Menezes, que substituiu o próprio Dunga – completando um ciclo inteiro, uma geração de maus resultados e vexames históricos.
A queda de Dunga parece inevitável, mas o futebol brasileiro já está no chão há muito tempo. O mundo já noticia isso, o que custa acreditar?
OPINIÃO - 22/11/2024