João Pessoa, 05 de março de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O calor da quarta-feira de fogo não foi a maior centelha da elevada temperatura que marcou esta semana. Os últimos sete dias na política paraibana espalharam fagulhas para todos os cantos e deixaram marcas de queimaduras em certas personalidades.
O prefeito Luciano Agra voltou a enfrentar a polêmica do Aeroclube e conseguiu sair sem grandes arranhões da infeliz demolição da pista. Foi ajudado também pelo discurso mal articulado da Oposição, que ao priorizar a pauta rancorosa deixa com um ‘pé atrás’ a opinião pública, mais interessada no debate sensato.
A greve da Polícia Militar deixou a Paraíba sob suspense e obrigou o Governo a escalar seu time de bombeiros. Foi outro teste de fogo, sobretudo porque contou com o ingrediente do radicalismo e terrorismo tocado por setores do comando do movimento.
A intervenção da Justiça apagou a labareda acesa pelo major Fábio e companhia. O ex-deputado saiu chamuscado do processo porque não sensibilizou a adesão da tropa. Um dia depois, o Governo também conseguiu debelar as chamas que começavam a rondar o arraial da Polícia Civil. Os delegados esfriaram e desistiram de nova greve.
No PMDB, a lenha não foi suficiente para esquentar Doda de Tião. O partido amargou a febre da perda de mais um apoio na Assembléia e ainda teve que engolir a faísca do namoro avançado de Márcio Roberto com o Governo. Pra piorar, o Sindicato dos Bancários tentou queimar a nomeação de Maranhão. Água, por favor!
Fila – Observadores da política de Mamanguape apostam: Não há possibilidade do prefeito Eduardo Brito ter o apoio de Ricardo em 2012. A lista de fiéis pretendentes é extensa.
Em Marcação – A disputa no pleito suplementar será entre dois primos legítimos. Adriano Barreto (PR) e Edfrancis Silva (PMDB) são da mesma família, mas tem interesses bem distintos.
A negociação, o diálogo e a Bandeira do Governo – Nada coleciona mais vitórias do que a paciência, já filosofava Santo Agostinho. Os mandamentos do padre devem ter sido livro de cabeceira do secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, ainda nos tempos de colegial em Pombal. A fala mansa e o estilo ponderado foram decisivos no desfecho do movimento de greve da PM.
A lista do Cheque Funeral – Em breve, o Governo será obrigado a se redimir da notícia da existência de 71 mortos na folha de pagamento. A conta está completamente errada. Foram descobertos novos defuntos na lista. São na verdade mais de 100 múmias que recebiam do Governo.
A fila anda – Em entrevista ao Portal MaisPB, o deputado Márcio Roberto não pediu segredos. Terá uma audiência com o governador Ricardo Coutinho. Se receber garantia de atendimento dos pleitos da região de São Bento, será o terceiro peemedebista a virar governista.
Diversidade – Sem preconceito, o vereador Bosquinho (DEM) foi ao desfile das Virgens de Tambaú, se vestiu ontem de Cafuçu e ainda promete participar da folia nos bairros da Capital.
Ressaca – Já o vereador Tavinho Santos (PTB), que não esconde de ninguém sua predileção por bebidas quentes, passará pelas Donzelas do Róger e vai se curar no Bloco da Ressaca.
Paz – Jorge Camilo reservará o tempo para buscar a paz interior. Usará os dias de carnaval para ficar recluso com a família. Ficará longe das turbulências e brigas do PT.
Ecumênico – Incansável pregador de reforma política e da mudança de mentalidade na política, o vereador Geraldo Amorim (PDT) escolheu o Encontro da Nova Consciência.
Credo! – A devoção católica do senador Cícero Lucena (PSDB) parece que não será suficiente para atrair a evangélica Eliza Virgínia. Ela já se inclina pela bandeira cristã do PSC.
Coincidências – Depois de ter o camuflado interesse pelo Aeroclube revelado, o senador paraibano João Vicente Claudino (PTB-PI) vai ser o relator da Medida Provisória do Sigilo Fiscal.
Encarando – O deputado Manoel Júnior mostrou que não tem nada a temer. Pediu à PF investigação da denúncia que envolve seu nome na morte de um vereador de Pedras de Fogo.
Pra queimar – Aliás, graduado assessor do peemedebista, em contato com a coluna, acusou o grupo do governador de estimular o primo de Manoel Matos a citar o nome do deputado.
Obsessão – O secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, revidou: “Toda vez que é acusado de alguma coisa ele culpa o governador de estar por trás. É uma verdadeira obsessão”.
Na arena – O secretário de Finanças de Campina Grande, Júlio César Cabral, topou o desafio. Anunciou que participará de audiência na Câmara para explicar aumento do IPTU.
PINGO QUENTE – “Ele nem vota aqui”. Do senador Cícero Lucena sobre apoio do tucano Rômulo Gouveia a Luciano Agra (PSB).
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