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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Guerra, não

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publicado em 18/02/2011 ás 08h51

Não. Definitivamente ninguém quer acreditar que o episódio do Estádio Amigão foi montado previamente para expor a Paraíba ao ridículo em manchetes nacionais. Seria muito radicalismo, irresponsabilidade e uma ilegalidade com cheiro de sabotagem sórdida, porque por pouco não assistimos a uma tragédia transmitida ao vivo.

Apesar da descrença, os indícios são muito fortes. O barril de pólvora foi prenunciado em várias postagens no twitter. O perfil policialmilitarp, no microblog, já anunciava desde as primeiras horas da noite o que estava para acontecer. E até onde se sabe não há tuiteiro paraibano com a virtude da onisciência.

O que se viu foi uma cena deprimente. Três policiais civis à paisana, de arma em punho, apontando para o alto e levando a imagem da Paraíba ao chão. O comportamento dos policiais poderia ter provocado morte e reação dos torcedores cujos efeitos seriam imprevisíveis. Se a idéia foi chamar atenção, os autores do tresloucado gesto conseguiram o que queriam, porém causaram a pior impressão possível.

Se alguém assim agiu, por livre espontânea vontade ou por orientação de terceiros, cometeu um gesto bem próprio das milícias. Esse tipo de ação só é impactante pelo seu aspecto negativo. Se a intenção foi provocar pânico e pressionar o Governo, o tiro disparado no meio da torcida pegou de raspão na credibilidade do movimento. Pegou muito mal e esse tipo de gesto não encontra eco na opinião pública.

Em contato com a coluna, o deputado federal Major Fábio (DEM) afastou qualquer hipótese de orientação da coordenação aos fatos que se sucederam em Campina Grande, incluindo a barricada atribuída às mulheres dos PM’s em frente ao quartel. O major enxergou o bang-bang no estádio como um ‘incidente’ e chamou de ‘espontâneo’ o movimento dos familiares dos integrantes da corporação.

A Paraíba torce pelo entendimento, mas nenhum diálogo prospera quando um dos lados inicia a conversa já de arma em punho. A hora é de se desarmar, literalmente.

Sarmento, Camará e a tréplica – O ex-secretário Francisco Sarmento volta à coluna. “Não respondo nenhuma ação judicial relativa à ruptura da barragem. Nos âmbito civil e penal, se pesquisar, você saberá quais foram os responsabilizados pelos Ministérios Público Federal e Estadual, após um inquérito conjunto que durou mais de seis meses”.

Roosevelt, o Cheque Funeral, e os boateiros – O ex-secretário do Governo Maranhão III, Roosevelt Vitta, reagiu com contundência contra denúncia do pagamento de servidores mortos. “Isso é boato. O Governo só tem boateiro. Tudo isso é conversa fiada. Eles precisam sair do palanque”.

Álcool, direção e a pergunta de Hélio – O leitor Hélio Cavalcante da Silva ([email protected]) pergunta ao colunista qual é o nome da importante autoridade responsável por uma batida e que depois da fuga foi encontrada bêbada no veículo. É só perguntar em Guarabira.

Carbono 14 – O Cheque Funeral causou muita curiosidade na vereadora pessoense Eliza Virgínia (PPS), aliada do Governo passado. “Será que todos estes defuntos morreram ano passado”?

Recado aos herdeiros – O chefe da Controladoria Geral do Estado, Luzemar Martins, anunciou que o Estado buscará os responsáveis pelo recebimento indevido de salários e exigirá ressarcimento ao erário.

Lista das carpideiras – Segundo Luzemar, o Governo também divulgará a lista dos parentes que recebiam o contracheque dos mortos. “Um Estado pobre não se pode dar ao luxo de admitir esse tipo de coisa”.

Barril de pólvora – A Câmara de Pitimbu realiza hoje nova eleição para Mesa Diretora da Casa por determinação da Justiça. Na eleição anterior, a ata sumiu e sobraram até sopapos no plenário.

Raízes – O vereador Fernando Milanez (PMDB) prega: o adversário de Luciano Agra (PSB) precisa ser um filho natural da cidade. Manoel Júnior e Benjamim Maranhão não têm esse perfil.

Chefe de cozinha – “Ele conhece muito bem da minha cozinha. Padre gosta de comer muito”. Frase do secretário do Governo, Walter Aguiar, sobre frei Anastácio (PT), no Correio Debate (televisão).

Na real – O que fazia ontem o ex-deputado Walter Brito Filho (PPS) pelos corredores do Congresso Nacional? Foi flagrado em almoço com o ex-colega de Assembléia, Inaldo Leitão.

Impossibilidade – O vice-governador Rômulo Gouveia (PSDB) voltou a acusar a PEC 300 de eleitoreira. “Independente disso, temos compromisso com a Polícia, mas não adianta prometer o que não pode”.

Trânsito – A Prefeitura de João Pessoa e o Governo do Estado vão fazer dobradinha de projetos para emplacar a cota máxima de R$ 280 milhões em obras do PAC II, da Mobilidade Urbana.

Pátria Livre – Os “filiados” paraibanos do Partido Pátria Livre se reúnem hoje, às 19h, no Plaza Center, em João Pessoa. Vão traçar estratégias pela coleta de assinaturas para registro da legenda.

Entre aspas “Se for para resolver o problema, eu me afasto do movimento”. Do ex-deputado Major Fábio (DEM) dizendo que abre mão de participar das negociações, se for exigência do Governo.
 

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