João Pessoa, 12 de fevereiro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Pela trajetória pessoal e identidade com o PMDB, o ex-governador José Maranhão merecia mais atenção do seu partido e da bancada que ajudou a eleger em outubro passado. O tamanho político de Maranhão não comporta gesto de mãos estendidas por um emprego.
A imagem pública de homem coerente e a contribuição dada aos projetos políticos nacionais do PT, em várias oportunidades, já seriam motivos suficientes para fazer de Maranhão ocupante de espaço importante e significativo no Governo Federal.
Assim como o ex-governador, vários outros importantes políticos do arco de aliança de Dilma Roussef também sofreram insucessos eleitorais. Nem por isso estão sendo considerados impróprios ou indesejáveis ao Planalto. Estranha é a falta de empenho da cúpula nacional do PMDB e da bancada federal paraibana.
Na Paraíba, o PMDB elegeu cinco deputados federais e mandou dois filiados para o Senado da República. Não é uma bancada irrelevante. Tem credenciais para ser ouvida e força política para cobrar melhores espaços nacionais para o seu líder estadual. Não é o que se tem visto. A apatia é completa.
Lamentavelmente assistimos um paraibano, de história respeitada, sendo preterido, enquanto bancada e aliados fingem que não têm nada haver com o assunto. Para o tamanho do PMDB paraibano no Congresso e a postura reiterada de Maranhão em defesa de Lula e Dilma, uma vice-presidência da Caixa é quase nada.
Se nós queremos construir um novo tempo na política somos obrigados a pensar grande. O que está em jogo não é um mero emprego para um político do nosso Estado. Por isso, a ascensão do ex-governador deveria interessar a toda nossa classe política.
Independente de cores partidárias e preferências pessoais, a indicação de Maranhão nesse momento representa o cacife da Paraíba. Se a ele sobrar migalhas, nós (paraibanos) também desceremos mais um degrau na escada da humilhação.
O Governo, a Oposição e as demissões – O Governo decidiu enfrentar o debate sugerido pela Oposição sobre a polêmica das demissões de prestadores de serviço. Além do secretário da Administração Gilberto Carneiro, convocado pela Assembléia, já estão escalados para comparecer à Casa os secretários de Finanças, Planejamento e Controladoria Geral do Estado.
Após recadastramento – Antes tarde do que nunca. O governador Ricardo Coutinho fez justiça com servidores da Educação que trabalharam no mês de janeiro nas escolas. O Governo promete fazer o pagamento extra de mais de R$ 7 milhões já na próxima semana.
Gratificações – Para os servidores que perderam gratificações a notícia ainda não é das melhores. O Governo fará as reposições gradativamente observando as peculiaridades de cada caso. Melhor que nada.
Vice-presidência da Caixa – Ao Correio Debate (rádio), o presidente nacional do PMDB, Waldir Raupp, confessou dificuldades de o partido emplacar no Governo nome de político sem mandato, mas garantiu que Maranhão ficará com uma das vice-presidências da Caixa.
Reviravolta – O deputado Genival Matias (PT do B) pode ficar sem vaga. O TSE julga na próxima terça embargos declaratórios de Dinaldo Wanderley (PSDB) contra a decisão que lhe fez inelegível.
Concluso ao relator – Em liminar, a Justiça Federal derrubou relatório do TCU, que embasou a inelegibilidade. A defesa pediu ao relator Hamilton Carvalhido a inclusão da decisão no processo.
Luiz quer… – A depender da vontade do vereador Luiz Flávio, a bancada do PSDB se alinha completamente ao prefeito Luciano Agra. Falta convencer o cicerista roxo Marcus Vinicius.
E Marcus foge – Marcus Vinicius ainda não foi picado pela mosca da adesão. Avisou ontem que participará da reunião da bancada da Oposição na próxima semana. Não vê razões para adesão.
Puxão de orelha – O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital (PMDB), precisa chamar o feito à ordem. A ausência da própria base aliada na Câmara adiou ontem votação da reforma administrativa.
Escolha – Conforme a coluna apurou, o governador Ricardo Coutinho convidou o deputado estadual Lindolfo Pires (DEM) para liderar a bancada durante uma reunião anteontem à noite.
Referendo – Na reunião com Lindolfo, Ricardo apresentou ao deputado um documento assinado pelos parlamentares da base governista em favor da indicação. O referendo animou o democrata.
Orçamento – Depois da hibernação, o vereador Tavinho Santos (PTB) incorporou o manequim de Oposição. Criticou os métodos do Orçamento Democrático da Prefeitura de João Pessoa.
Democrático – Ouviu o que não queria da vereadora Sandra Marrocos (PSB), ex-coordenadora do OD. Para a socialista, a participação de Tavinho nas plenárias do Orçamento é a verdadeira ficção.
Entre aspas – “Não podemos dispensar pessoas”. Do líder do Governo Agra, Bruno Farias, sobre possibilidade de aproximação com o cicerismo.
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