João Pessoa, 03 de junho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Como dito, superficialmente, ontem aqui, impressiona a capacidade do Grupo Marquise, do Ceará, produzir lambanças no traçado de seu projeto de construção de um shopping, em Cabedelo, cujo ensaio está para completar três anos desde a primeira licença emitida pela Prefeitura do Município.
Pensei, equivocadamente, que a empresa havia aprendido alguma coisa com a novela inaugurada com a bisonha escolha de um terreno disputado por herdeiros na Justiça para erguer um empreendimento avaliado em R$ 400 milhões. Pra quem não lembra, o Correio revelou em abril do ano passado o embróglio judicial.
Agora, o projeto se mete em mais enrascadas. Essas, porém, convertem a impressão inicial de amadorismo em indícios de má fé. A Marquise quer construir um shopping, anunciado como milionário, numa área de preservação permanente, sem submetê-lo ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima), comum a todos os mortais daqui que se propõem a edificar equipamento de grande porte.
A empresa conseguiu dobrar a Sudema, responsável pela repentina dispensa do EIA-Rima, tão logo a ex-superintendente do órgão, Laura Farias, deixou o órgão. Procedimento contestado frontalmente pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), do Ministério do Meio Ambiente, e também pelo Ibama.
Não fica por aí. A Marquise desmatou parte do terreno de forma irregular, conforme sustenta o superintendente do Ibama na Paraíba, Bruno Eloy, autor do embargo da obra e de multa de R$ 50 mil à construtora. A empresa também passou por cima do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e ocupou a área sem fazer o exigido diagnóstico arqueológico.
Há de se perguntar: por que a empresa corre do estudo de impacto ambiental como o diabo foge da cruz? Será por temor ou apenas pela arrogância de pensar que, porque é poderosa e de fora do nosso Estado, estar acima de tudo e de todos e pode atropelar as regras, ancorada no sedutor discurso da geração de emprego? Do jeito que vem sendo conduzido, esse shopping da Marquise, expert em lixo, cheira mal.
Pegando…
O deputado João Henrique (DEM) não se conforma com os efeitos negativos à sua imagem gerados pela exposição do seu nome na Operação Sete Chaves, da PF.
…Ar
Na tribuna da Assembleia, ontem, Henrique criticou a instituição. “Eu deveria ser era elogiado por que venho denunciando, fazendo um trabalho que a Polícia não fez”.
Exemplo a ser seguido
O arrastão na escola estadual do Jardim Planalto prova, em circunstância pouco alvissareira, o acerto da política adotada pelo prefeito Luciano Cartaxo de investir em câmeras (280) de vigilância, intervenção que vem conseguindo reduzir os ataques na rede municipal, antes comuns. Como diz o ditado; o que é bom se copia.
Peitando
O deputado Anísio Maia (PT) assumiu a defesa do governo no bombardeio contra a segurança. “Vamos discutir soluções?”, sugeriu, criticando os ataques da oposição.
Movimentos
Ainda está longe, mas a tese de candidatura agita os bastidores do PSB em João Pessoa. Alas simpatizantes a Estela Bezerra e João Azevedo já ensaiam os seus passos.
Ponte de safena
Com a candidatura frustrada pelo PSC em 2012, o cardiologista Ítalo Kumamoto pode ter uma nova chance. Ele tem convite do PT do B, do deputado Genival Matias.
Falta…
“É um quadro de muita preocupação”. Essa é a avaliação do presidente da Câmara de Campina Grande, Pimentel Filho (Pros), quanto ao agravado quadro hídrico da cidade.
…D’água
Pimentel alerta: “Nós só temos água potável para até meados de dezembro (deste ano) e rezando para que a água do ‘volume morto’ possa ser utilizada para consumo”.
Levando…
Com a posição contrária da direção do DEM à aliança ao PT, o vereador Bosquinho, presidente da legenda na Capital e aliado de Cartaxo, faz o que lhe resta: ficar na dele.
PINGO QUENTE
“Ninguém perde o que nunca teve”.
Do secretário de organização estadual do PT, Jackson Macêdo, sobre a porta fechada do DEM para coligação com Cartaxo.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024