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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Reencontro

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publicado em 04/02/2011 ás 08h53

O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) já recebeu muitas notícias ruins na sua caminhada obstinada pela assunção ao Senado da República. Mas a última e talvez a pior delas veio ontem com a designação do novo relator do recurso extra-ordinário em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Se não bastasse ter perdido o voto quase certo do ex-relator Celso de Mello, que se averbou suspeito, Cássio teve o azar do sorteio para escolha do novo relator ter recaído sobre o implacável ministro Joaquim Barbosa, o mesmo que ficou frustrado por não julgar o ex-governador Ronaldo Cunha Lima pelo atentado do Gulliver.

Este mesmo Joaquim Barbosa chegou a bater boca na Corte do Tribunal Superior Eleitoral no caso da cassação do ex-governador tucano. Ele discordou frontalmente da liminar que manteve Cássio por mais alguns dias no Governo da Paraíba até a apreciação dos embargos declaratórios.

Na ocasião, todos lembram, Joaquim Barbosa chegou a propor a continuidade do julgamento, entendendo que o recurso não provocaria reversão da sentença. O ministro argumentava que já estava na hora de encerrar o caso e prestar contas à sociedade, uma vez que “justiça sem credibilidade não é nada”.

É possível lembrar de Joaquim visivelmente transtornado diante da proposta do ministro Arnaldo Versiani, que sugeriu realização de novas eleições no lugar da posse do segundo colocado. Barbosa classificou a proposição de absurda. Na sessão tensa, Versiani reclamou da “descortesia” do colega.

Os mais otimistas podem alegar que as demandas pretéritas não têm potencial para influenciar o presente. Podem dizer que um ministro da suprema corte de Justiça do país não se deixará levar por ressentimentos pessoais. Mas no vocabulário de Joaquim Barbosa, o termo rigor deixou de ser apenas uma palavra e virou princípio. Principalmente nos casos que lhe tiram do sério.

A mensagem do governador – Depois de tantas notícias amargas, o governador Ricardo Coutinho adoçou o noticiário ao projetar a inauguração de obras nos próximos 100 dias. Anunciou o aumento de 40 mil vagas na rede estadual de ensino e o crescimento de 33% das vagas nas creches. Prometeu mudanças conceituais em diversos setores da Administração Estadual.

A mensagem de Agra – Já o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, anunciou para os próximos dois anos continuidade de obras do Programa de Ações Integradas, construção de 12 mil casas, previsão de investimentos de 29,95% na Educação e 15,83% na Saúde.

Novidades – Entre os novos projetos da Prefeitura de João Pessoa, estão a instalação de mais um restaurante e cinco cozinhas populares, Lavanderia Popular, Agência de Pequenos Negócios e a realização do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável.

Unidade – Ao lado de Ricardo em inauguração de uma faculdade privada ontem, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), voltou a defender a união dos governadores do Nordeste.

Fatura – O vereador Sérgio da Sac revelou ontem qual é senha para ele e Felipe Leitão aderirem à bancada governista: uma secretaria para o PRP. Luciano Agra já respondeu ao pleito: não dá.

Na oposição – O vereador Tavinho Santos (PTB) decidiu que o melhor para o seu projeto é manter-se na Oposição. “Toda unanimidade é burra. Buscarei mostrar os pontos negativos da Administração”.

Pra completar – O líder do Governo Agra, Bruno Farias (PPS), revelou à coluna que não está descartada a incorporação dos vereadores tucanos Marcus Vinicius e Luiz Flávio ao grupo governista.

Final da novela – A vereadora Eliza Virgínia oficializa sua saída do PPS hoje no TRE e reflete sobre novo partido. A depender da experiência recente do pai, pensará duas vezes antes de optar pelo PMDB.

Liderança – Após rejeitar uma secretaria, o deputado Lindolfo Pires (DEM) admitiu aceitar convite para a liderança do Governo. Na Assembléia, o governador Ricardo Coutinho evitou o assunto.

Alinhamento – O ex-deputado Dunga Júnior revelou deflagração de diálogo entre os petebistas aliados a Ricardo Coutinho e as direções estadual e nacional do PTB para aliança com o novo Governo.

Critério de Manoel – O deputado federal Manoel Júnior (PMDB) defendeu ontem a distribuição dos cargos da Paraíba para os partidos com representação na Câmara. Por esse critério, o PSB ficaria fora.

Cidadania – O governador assina hoje Decreto que concede passe livre em passagens intermunicipais aos portadores de câncer. A feliz iniciativa foi do ex-deputado Quinto de Santa Rita.

Contraponto – Conforme a coluna antecipou, o governador sacou números para contrapor a sensação de insegurança. Noticiou 352 prisões, incluindo a gangue da dinamite, e apreensão de 162 armas.

Entre aspas “Aqui é até bom, mas nossa casa é sempre melhor”. Do deputado Ruy Carneiro (PSDB) no retorno de Brasília para João Pessoa

Reprodução do Correio da Paraíba
 

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