João Pessoa, 06 de junho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Que o São João de Campina Grande é a festa que rende maior projeção à Paraíba no cenário nacional e internacional, ninguém discute. Que o evento não tem concorrente quanto à simbologia de referência de nossa identidade cultural, ninguém sequer ousa levantar argumento em contrário.
Toda essa pujança, infelizmente, não consegue sensibilizar sucessivos governos sobre sua importância e dimensão enquanto representação máxima da auto-estima de um povo. Historicamente, por mais contraditório que pareça, um evento cuja principal característica é de juntar pessoas emperra em disputas miúdas e paroquiais.
Pra não ir muito longe, quando o governador era José Maranhão, em sua primeira etapa no Palácio da Redenção, o então prefeito campinense Cássio Cunha Lima reclamava a ausência de apoio efetivo da gestão estadual ao fortalecimento da nossa maior festa de massa.
O tempo passa, Maranhão sai e Cássio vira governador. A mesma queixa passa a ser verbalizada pelo prefeito da época, Veneziano Vital do Rêgo. Ele acusava a administração tucana de penalizar a festa só porque um adversário político estava temporariamente à sua frente.
A roda gigante da política paraibana girou. Hoje, o prefeito Romero Rodrigues também não pode contar com um centavo de ajuda institucional do Estado. Quando aliado do governador Ricardo Coutinho, as ajudas já eram módicas. Na oposição, tem que enfrentar o discurso sacado pelo governo da escassez de recursos.
Todos os episódios atestam a imaturidade e mediocridade marcante no exercício político-administrativo paraibano, em várias fases de nossa história recente e com protagonistas diferentes. Um evento dessa envergadura, que deu ontem sua largada de 31 dias, merece estar acima dos amuos e diferenças partidárias. O brilho do São João de Campina Grande tem que ser maior do que a fogueira das birras circunstanciais.
Permanência… – Viagens à Brasília e São Paulo, anunciadas ontem pelo prefeito Romero Rodrigues (PSDB), mantêm o vice-prefeito Ronaldo Cunha Lima Filho (PSDB) no cargo.
…Esticada – “Eu não estou me licenciando. Estou me afastando a trabalho”, explicou Romero, após acertar agenda na capital federal com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab.
Imune à tesoura – Os cortes (R$ 17 bilhões) do ajuste fiscal no Ministério das Cidades não afetarão os contratos (habitação e mobilidade) firmados com Campina Grande, garantiu Kassab, durante a visita à cidade. “Como são obras grandes, podem existir deslizes (atrasos) de alguns meses, mas nada que cause impacto”, prometeu o ministro de viva voz ao prefeito campinense.
Paridade – Em Cuba, onde participa de missão parlamentar, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) defendeu igualdade salarial para os profissionais cubanos do programa Mais Médicos.
Empreendimento – Grupo empresarial gaúcho manifestou ao senador Raimundo Lira (PMDB) interesse em abrir fábrica de móveis na Paraíba. As perspectivas são de 800 novos empregos.
Nos planos – O deputado Branco Mendes (PEN) não esconde dos mais próximos o desejo de voltar a disputar a Prefeitura de Alhandra, sua principal base e cidade onde começou a carreira.
Em cena – O PMDB tem que ser protagonista em 2018, defende o deputado Veneziano Vital: “Precisamos mostrar aos brasileiros as nossas ideias, nossos posicionamentos”.
Plugado – Depois de 10 dias de férias, o secretário e vereador licenciado Marcos Vinicius (Comunicação), de João Pessoa, voltou com as mangas arregaçadas ao trabalho.
Pressão – A OAB-PB vai cobrar celeridade da Transposição. “Poderemos até organizar uma macha, com representantes da Paraíba, em Brasília”, declarou Odon Bezerra, presidente.
PINGO QUENTE – “Isso sim é uma covardia”! Da vereadora pessoense Eliza Virgínia (PSDB), reagindo ao movimento LGBT, acusado por ela de “destruir a identidade sexual das crianças desde cedo”.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.
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OPINIÃO - 22/11/2024