João Pessoa, 02 de fevereiro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Quem leu a edição do último domingo do Correio ficou com um sentimento de frustração. Em seu artigo semanal, o senador Roberto Cavalcanti (PRB) alertou o fato de termos sido “passados para trás” pelos vizinhos do Rio Grande do Norte. É que os potiguares partiram na frente e fecharam parcerias com o Japão, líder no mercado de pesca. Querem aumentar o estoque de informações sobre a exploração atuneira.
O que nos causa revolta é saber que a Paraíba tem um dos terminais pesqueiros mais modernos do país em Cabedelo. A cidade portuária já foi referência nacional na pesca de um dos peixes mais cobiçados, quando teve 90 barcos em plena atuação.
O Terminal de Cabedelo custou R$ 14 milhões ao Governo Federal e a inauguração teve direito até a presença de ministro. O equipamento, construído em área de 3,6 mil metros quadrados, compreende ancoradouros, cais de acostagem, galpão industrial, câmaras frigoríficas e até uma subestação de energia elétrica com capacidade para produzir 70 toneladas de gelo em oito horas.
Para se ter uma idéia do potencial econômico do Terminal, um barco de médio porte é obrigado a adquirir pelo menos 40 mil litros de óleo diesel por dia para ir ao alto mar. Cada embarcação dessa precisa comprar em cada viagem cerca de 40 toneladas de gelo. E esse terminal, com potencial para o fortalecimento da nossa economia, geração de emprego e receitas, está fechado. Aliás, após quatro meses de sua inauguração, ele não conseguiu sequer ser aberto.
O pior e mais deprimente: O nosso Terminal está impedido de operar e gerar riqueza para nossa pobre Paraíba simplesmente por falta da liberação de uma licença. Do Ibama? Do Ministério da Agricultura? Da Organização das Nações Unidas? Não. Da Prefeitura de Cabedelo, em tese a maior interessada no funcionamento. Desse jeito, nossa paciência é que vai pro terminal.
Entrave do desenvolvimento – Em contato com a coluna, o administrador do Terminal, Carlos Moura, apelou à Prefeitura de Cabedelo pela celeridade na liberação da licença. Já o presidente da Companhia Docas, Wilbur Jácome, lamentou o entrave burocrático. “É de se amargar toda essa perda de tempo. Quem está perdendo é o nosso Estado”.
Providências – A Diretoria do DER já acionou equipes para fazer reparos na fissura da cabeceira da ponte da PB-382, em São José de Caiana, próximo à PB-368. O órgão garante que o problema não obrigou o isolamento da cidade de outros municípios do Vale do Piancó.
Prejuízo – Depois de receber os incentivos fiscais da Paraíba, a poderosa Coteminas, do ex-vice-presidente José Alencar, negocia energia elétrica em outros mercados. Se comprasse a energia na Paraíba, a taxa em Campina Grande seria 17% mais barata.
Fidalguia – Ao ser reeleito, o presidente da Assembléia, Ricardo Marcelo, mostrou porque teve a aprovação dos colegas. “Lindolfo é um grande companheiro e amigo. Não ficaram rusgas”.
Silêncio ou mágoa? – Chamou a atenção a decisão do deputado Lindolfo Pires (DEM) não falar sobre o resultado da eleição na Assembléia. Sem querer ou querendo, passou a impressão de mágoa.
Cortesia – O deputado João Gonçalves (PSDB) não perde o estilo. Chegou atrasado à sessão de posse, mas não esqueceu de levar presentes para os colegas. Eram lembrancinhas da Unale.
Talibã – Visivelmente contrariado, o deputado Tião Gomes (PSL) manteve a disposição de briga, não baixou a guarda e voltou a mandar ver. “Os deputados não resistiram ao rolo compressor”.
Chefe – O que conversavam tanto o chefe do Governo, Walter Aguiar (PT), e os petistas Anísio Maia e Luciano Cartaxo no plenário da Assembléia? Walter parecia disposto a ensinar boa receita.
Stand-by – O ex-deputado estadual Quinto de Santa Rita (PMDB) não deve assumir a gestão do Programa do Turismo da Paraíba. Dono de bom capital, não se sentiu atraído pelo salário.
Novo presidente – O secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, deve ser o próximo presidente do PPS da Paraíba. Ao que tudo indica, será candidato único em eleição programada para este ano.
Mesma linha – A deputa Olenka Maranhão segue o exemplo do tio e prefere manter prudência na avaliação do Governo. Critica apenas a “instabilidade jurídica provocada pela anulação dos atos”.
Mobilidade – Na reunião com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o prefeito Luciano Agra garantiu melhorias na Tancredo Neves e no acesso ao Conjunto dos Bancários.
Homenagem – Amigos e familiares celebram hoje, às 19h30, a missa de um ano da morte do tribuno Vital do Rêgo. O ato religioso será na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Campina Grande.
Entre aspas – “É preciso abrir essa caixa preta”. Do deputado Anísio Maia (PT) cobrando transparência do Governo
Reprodução do Correio da Paraíba
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