João Pessoa, 08 de junho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Às margens das ruas principais da cidade, uma população ensandecida, postada como uma torcida cheia de adrenalina e sede de vingança. Viaturas desfilando com policiais nas cabines exibindo marginais como troféus. No hospital, preso baleado agonizando é retirado da carroceria do automóvel da Polícia e literalmente jogado numa maca. Enquanto isso, a platéia grita pedindo a morte do “miserável”.
A ebulição que parou Patos, Alto Sertão, nesse sábado, ilustra com imagens, vozes, mortes e sangue o estágio que chegamos. O espetáculo narrado acima é desdobramento da ação de uma gangue que assaltou um posto de combustível na cidade e matou, friamente, um policial que abastecia seu veículo e tentou impedir o crime.
Pra “lavar a alma”, no dizer do comandante do 13º Batalhão, tenente-coronel Francisco Campos, a PM concentrou todos os seus esforços na prisão do bando. Na abordagem, houve confronto, troca de tiros e dois acusados da participação no assalto e execução do policial foram mortos.
O que se seguiu após a captura dos marginais foi registrado por câmeras e celulares. O que as lentes não captaram é o que mais preocupa. Por trás de tudo que assistimos, há uma sociedade duplamente adoecida.
Marginais seduzidos pelo crime perderam todos os limites e nem temem mais a Polícia. São ‘soldados do crime’ arriscando e enfrentando tudo para cumprir sua sanha fora da lei. Noutra ponta, cidadãos amedrontados e, de tanto ser vítima, dispostos ao linchamento e a fazer justiça com as próprias mãos ou a vibrar, sem qualquer pudor ou constrangimento, com o trucidamento de seus algozes.
Espremida entre a ousadia da marginalidade e o sentimento de revolta da sociedade, a Polícia, também vítima nesse processo, tenta, como pode, dar alguma resposta. Nesse episódio, não resistiu à tentação de desfilar com os acusados em carro aberto para mostrar, pelo menos numa circunstância, que não perdeu totalmente o controle de tudo.
Trânsito…
Senador e ex-ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB) esteve no casamento de Marianna, filha da vice-governadora Lígia Feliciano e do deputado Damião Feliciano.
…Aberto
O casal mostrou que sabe conviver os extremos. Levou à Casa Roccia as principais pétalas girassóis e convidados da oposição, como Manoel Júnior e Wilson Santiago.
Um olhar tucano sobre a Ilha
“Além do povo acolhedor, encontro um país em transição, com grandes possibilidades no futuro. Por óbvio, são muitos os desafios a vencer, mas o tripé de saúde, educação e segurança geram um grau de satisfação na população que anseia por novas conquistas”. Do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), direto de Cuba para a Coluna, sobre suas impressões da terra de Fidel Castro.
Raposa…
A Estudante 10, que perdeu por ordem judicial o direito da emissão de carteiras em João Pessoa, está prestes a ser premiada e assumir o controle total em Campina Grande.
…Cuidando…
Projeto de Lei beneficiando a entidade, de ligações pretéritas com o PMDB e agora alinhada ao governo, foi aprovado na Câmara. Depende de sanção ou veto do prefeito.
…Do galinheiro
A Estudante 10 tem problemas na Justiça e acumula autuações no Procon Estadual e Municipal (Capital). Um currículo não muito recomendável para a tal exclusividade.
Pode vir quente…
A gestão não teme a iminente visita da Comissão de Saúde da Câmara a João Pessoa, sugerida pelo deputado Wilson Filho (PTB), assegura o secretário Adalberto Fulgêncio (PT).
…Que eu estou…
“Desconheço quaisquer notícias sobre denúncias na saúde municipal, todavia estamos à disposição dos órgãos de controle. Como sempre”, reagiu Adalberto Fulgêncio.
…Fervendo
Para Fulgêncio, diferente das críticas da oposição, o que marca gestão é a inaugurada UPA do Valentina que atende 8 mil pessoas/mês e o programa dos cuidadores de saúde.
PINGO QUENTE
“Não sou um homem rico”.
Do deputado João Henrique (DEM), externando medo de ser vítima de seqüestro, após ser apontado pela PF na exploração ilegal da Turmalina.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.
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OPINIÃO - 22/11/2024