João Pessoa, 27 de janeiro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Perto do aniversário de primeiro mês da nova gestão estadual, ainda não está claro o nome de quem carregará a missão de liderar a Oposição e abraçará a tarefa de ser o porta-voz do contraponto na Paraíba. Dos partidos alinhados ao bloco “anti-Ricardo”, apenas o PMDB tem quadros com imagem estadualizada.
O posto natural é do ex-governador José Maranhão (PMDB), líder partidário e representante histórico de um segmento avesso ao ex-governador Cássio Cunha Lima, amplamente vingado de sua cassação com a eleição do socialista Ricardo Coutinho (PSB), a quem apoiou no último pleito.
No entanto, até onde se pôde apurar, Maranhão já não demonstra tanto apetite para polarizar com o novo governador. Apesar da expressiva e reconhecida liderança política, resultado da exposição de três governos, o peemedebista saiu chamuscado das urnas pela retumbante derrota sofrida.
Por outro lado, ainda é uma incógnita a disposição do prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego, tomar para si essa responsabilidade. Veneziano tem a chance de se viabilizar para 2014, como aconteceu com Cássio em 2002, mas também corre o risco de comprometer parcerias da Prefeitura com o Governo se exagerar na dose. Nessa segunda hipótese, poderia penalizar o seu Governo e perder pontos com fatia considerável do eleitor de Campina, seu ponto de partida.
Os senadores diplomados Vital do Rêgo e Wilson Santiago têm legitimidade, porém falta-lhes momentaneamente estatura para tal mister. Podem contribuir no alicerce da construção de uma nova liderança dentro do PMDB paraibano.
Entre os deputados federais, o único com perfil para incorporar o espírito de crítica mais forte ao governador é ironicamente o ex-vice-prefeito de Ricardo, Manoel Júnior. Resta saber se o estilo agressivo de Manoel seduziria o eleitor paraibano, menos preocupado com ataques e mais interessado no debate salutar.
Os devedores de A União – Informação do secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, no Correio Debate (rádio) ontem. A Prefeitura Municipal de Campina Grande deve mais de R$ 270 mil ao Jornal A União. A dívida, segundo Bandeira, não é privilégio do Executivo campinense. Outras prefeituras paraibanas também têm débitos com o periódico.
Verba – O deputado federal Manoel Júnior (PMDB) anunciou a alocação de R$ 14 milhões para a implantação do Instituto de Desenvolvimento da Paraíba, da UFPB, idéia do reitor Rômulo Polari.
Alvo – O presidente estadual do PP, Enivaldo Ribeiro, lançou o vereador Durval Ferreira a prefeito de João Pessoa. O PP sonha mesmo emplacar o vice na reeleição de Luciano Agra (PSB).
Depende – Já Leonardo Gadelha (PSC) espera que um dos seis colegas deputados abra vaga para ele assumir o mandato. A pretensão depende do prestígio do PMDB da Paraíba em Brasília.
Presidenta – Inspirada na ascensão das mulheres ao poder, a deputada Iraê Lucena ignora a ira do presidente do PMDB, Antônio Souza, e se lança ao cargo. “O PMDB tem que olhar para o futuro”.
Currículo – Informação que vem de Taperoá. O padrinho forte que prevaleceu na escolha do médico Antônio Lino para a direção do Hospital Regional do município foi o perfil técnico e a ficha limpa.
Independência? – Em nova reunião, os deputados do PT acertaram o discurso e anunciam postura de independência na Assembléia. E na resolução de dezembro o PT não decidiu ser Oposição?
Cura – O deputado Janduhy Carneiro (PPS), da base do Governo, reconhece que Ricardo adotou medidas impopulares no início da gestão. “É um remédio amargo para curar um paciente grave”.
Lista tríplice – A preço de hoje, três advogados já se inscreveram e vão concorrer à indicação do TJ para a vaga de juiz do TRE que será aberta com o término do biênio de João Ricardo Coelho.
Lista tríplice II – O próprio João Ricardo Coelho não esconde o desejo de ser reconduzido. Correm por fora os advogados Marcelo Figueiredo e Márcio Acciolly. As inscrições terminam nesta sexta.
Metamorfose – “Em breve todo PRP deve se alinhar com a bancada de situação”. A profecia é do vereador Sérgio da Sac. Ele ainda mantém o sonho de ser candidato a prefeito da Capital?
Santo forte – É de se admirar a sorte do vereador Felipe Leitão (PRP), acusado de compra de votos em 2008 e até agora completamente ileso. Prejuízo mesmo só pra quem vendeu e não recebeu.
Entre aspas – “Se não avancei mais, não foi minha culpa”. Do deputado Jeová Campos (PT), em despedida da Assembléia Legislativa.
Reprodução do Correio da Paraíba
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