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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A primeira vitória

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publicado em 26/01/2011 ás 09h17

A bancada governista não enfrentou dificuldades para aprovar as quatro medidas provisórias encaminhadas pelo Executivo à Assembléia Legislativa. A vitória folgada (17 votos contra 11) em votação de matérias delicadas aliviou a articulação do Governo e sinalizou que o governador já conta com maioria, mesmo sabendo que a partir de fevereiro a composição da Casa sofrerá alterações.

A primeira vitória de Ricardo Coutinho (PSB) se dá em momento extremamente conturbado. O Governo enfrenta o desgaste pelo não pagamento da PEC 300, o impacto das medidas amargas tomadas de contenção de despesas e demissão de servidores contratados.

Somente estes dois problemas ensejariam argumento suficiente e ambiente hostil capaz de propiciar um revés na votação de ontem. Mas o que se viu foi exatamente o contrário. O Governo teve folga até na apreciação da polêmica Medida Provisória que anulou uma leva de atos de autoria do então governador José Maranhão.

O resultado da votação solidificou a sensação que Ricardo Coutinho não terá grandes dificuldades de convivência com os parlamentares e nem enfrentará, pelo menos por enquanto, entraves para aprovar projetos de seu programa de Governo.

A bancada governista ainda terminou o dia maior com a anunciada e importante adesão do presidente da Assembléia, Ricardo Marcelo (PSDB), agora totalmente incorporado ao bloco governista, o que também contará ao seu favor na pretensão de reeleição.

Da oposição se esperava mais desenvoltura em solidariedade à vigência dos atos da lavra do ex-governador Maranhão, principal líder do grupo. Houve a defesa oposicionista, mas faltou o mais importante: os votos da bancada que foi eleita recentemente majoritária. O embate de ontem serviu para dimensionar tamanho de cada um no parlamento estadual. O Governo venceu o primeiro grande teste.

O passaporte de Ricardo Marcelo – “Estou me incorporando à base do Governo na Assembleia e estou pronto para ajudar o governador a construir uma nova Paraíba”, anunciou ontem Ricardo Marcelo, dizendo o que faltava para carimbar seu projeto e estancar qualquer desconfiança levantada pelas vozes que insistiam estigmatizá-lo como “pedra no caminho”.

Montagem da chapa – As vagas da terceira e quarta secretarias na chapa de Ricardo Marcelo devem ser ocupadas pelas deputadas Eva Gouveia (PTN) e Gilma Germano (PPS). Gilma está sendo contactada para entendimentos.

Prejuízo – Até onde a coluna pode apurar, o deputado Lindolfo Pires sentiu o baque do anúncio de apoio de Eva Gouveia a Ricardo Marcelo e procurou o governador no Palácio ontem à noite.

Diplomacia – Em contato com a coluna, o vice-governador Rômulo Gouveia (PSDB) evitou confirmar o voto da mulher em Ricardo Marcelo, mas também não desmentiu. Deixou o suspense.

Pista – “Minha decisão é a do governador. Mas recebo com alegria o apoio de Ricardo Marcelo a nossa bancada”, resumiu Rômulo antes de entrar em audiência com Ricardo no Palácio.

Haja otimismo – Apesar da visível desvantagem de Lindolfo Pires (DEM) no processo, o resistente deputado Tião Gomes (PSL) ainda tem fé na reversão do cenário. “Nós vamos ganhar a eleição”.

Vacilo – Talvez por um deslize, o deputado Fábio Lucena (PSDB) votou com a bancada governista na MP que anulava atos de Maranhão. Queria se abster, mas se levantou na hora errada.

Hibernação – Pergunta entre jornalistas que cobrem os trabalhos da Câmara de João Pessoa. Por onde anda o diligente e destemido vereador Tavinho Santos (PTB)? Está de férias ou em fase de reflexão?

Exótico – O ex-superintendente do Detran, coronel Francisco, nega pagamento de café da manhã no órgão pelo preço de R$ 200 mil. Superaria o indonésio Kopi Luwak, o café mais caro do mundo.

Sem acordo – Os cirurgiões do Hospital Arlinda Marques rejeitaram acordo firmado entre a Secretaria de Saúde e o Ministério Público e continuam em greve. A SES garantia pagar os meses em atraso.

Escapou – O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital (PMDB), obteve nova vitória no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, onde era acusado de abuso de poder e compra de votos.

Nublado – O deputado Major Fábio (DEM) se esforçou, mas discursou para poucos manifestantes na Praça dos Três Poderes ontem. Ou a chuva atrapalhou o protesto ou a liderança do major andou nublando.

Entre aspas “Eu não sou deputado para votar. Quem vota são os parlamentares”

Do governador Ricardo Coutinho (PSB) mantendo discurso de neutralidade na disputa da Assembléia.
 

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