João Pessoa, 18 de janeiro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O professor e preparador físico renomado Nuno Cobra, autor do livro A Semente da Vitória, recomenda boas noites de sono para a saúde plena. E como cultivar uma boa dormida envolto por situações estressantes em momentos de angústia? O paradoxo tem desafiado o ex-governador Cássio Cunha Lima, conforme confissão reveladora durante entrevista ontem ao Correio Debate (Correio Sat).
Na conversa com Fabiano Gomes, Ruy Dantas, Wellington Farias e este colunista, Cássio Cunha Lima confessou buscar o equilíbrio necessário para enfrentar os seus dilemas mais recentes. É na leitura e na vida caseira que o tucano esquece um pouco o travo da possibilidade real de não ser empossado no cargo de senador.
O exílio voluntário nos Estados Unidos iniciou o “recomeço”. Lá, quem nunca precisou abrir uma porta sequer, voltou a ser um cidadão igual a todo mundo. O retiro lhe rendeu despretensiosa amizade com um taxista palestino chamado Jamal, a quem proporcionou encontro telefônico com um sobrinho brasileiro.
A pena da cassação obrigou Cássio a revisitar os recônditos do seu “eu”.
A adversidade e a distância do poder, após sucessivos êxitos na trajetória, lhe impuseram a necessidade do amadurecimento pessoal e político. Hoje, já se deixa levar pelos desabafos da alma, tipo: “É muito triste sofrer e não melhorar. Eu quero melhorar”.
Ainda trôpego, ele tenta se recompor da queda tendo de pronto outro embate gigante pelo caminho. Frente a frente com o eclipse do destino, vai guerrear pela segunda vez contra a mesma força que lhe derrubou em 2009: as regras da Justiça. Para Cássio, que toma dois reguladores de pressão por dia e já precisou dormir sob o efeito de Stilnox, a miragem do passos sobre os tapetes azuis é muito mais do que um indutor de sono: é um sonho para ser sonhado… Bem acordado.
Pedra no caminho – Cássio renovou o desejo de longa aliança com o governador Ricardo Coutinho (PSB), mas teve que admitir um grave problema que ameaça os planos: Cícero Lucena não vota de jeito nenhum no socialista. Cássio buscará o diálogo, entretanto dificilmente haverá espaço suficiente para os dois tucanos num PSDB com projetos tão distintos.
Revide – O deputado federal Wilson Santiago (PMDB) respondeu rápido a Cássio sobre a tese de nova eleição, caso seja considerado inelegível. “Se tivesse eu poderia disputar novamente. Ele não”.
Arquivo morto – Novos servidores da Secretaria de Comunicação do Estado procuraram e não encontraram os ofícios emitidos pela Secom durante o ano de 2010. Ou não foram impressos ou sumiram.
Plano B – O deputado estadual Rodrigo Soares (PT) pensou, refletiu bem e admitiu recomeça na política como candidato a prefeito na cidade de Mamanguape, terra de sua mãe e de seus avós maternos.
Coração de mãe – A deputada federal Nilda Gondim (PMDB) quebrou um pouco o ritmo de críticas da família Vital ao governador Ricardo Coutinho (PSB). Até se colocou a disposição para projetos sociais.
Conselho de mãe – Instigada pelo repórter Henrique Lima, dona Nildinha não se furtou e deu um conselho ao novo governador da Paraíba. “Eu diria que Ricardo tivesse mais sensibilidade com os apelos populares”.
Paz no ninho – O deputado estadual João Gonçalves (PSDB) voltou à cena com menos bico e mais cítrico. Confessou aproximação com o PSB, pediu paz no PSDB e defendeu o fim da disputa no partido.
Mega Venda – Tem gente querendo fazer da sucessão da Mesa da Assembléia uma grande loteria. Assim, um noviço apostador comprou seu bilhete, lembrou de números da campanha e apostou na trinca 316.
Eclético – Só ontem, o deputado Genival Matias (PT do B) esteve com Ricardo Marcelo, mais tarde com o vice-governador Rômulo Gouveia (PSDB) e ainda teve agenda para Lindolfo Pires (DEM).
PMDB não muda – O deputado Gervasinho Maia (PMDB) botou água no choppe de Lindolfo, que ofereceu ao PMDB a vaga de vice na chapa. Ao Portal MaisPB, disse que mantém voto em Ricardo Marcelo.
Permuta – O baixinho Romário (PSB-RJ) pediu e o deputado Romero Rodrigues (PSDB) aceitou trocar o gabinete 411 pelo 825. Supersticioso, o ex-jogador quer se manter perto do número 11 pra dar sorte.
Vai dar samba – Até o carnaval, o bloco do prefeito Luciano Agra (PSB) terá a animada presença dos vereadores Felipe Leitão e Sergio da Sac, do PRP, e de João dos Santos (PR). Garantia do maestro Bruno Farias.
Entre aspas
“Acredito que terei boas chances de vitória”. Do otimista advogado Edir Mendonça (PSC) ao se proclamar candidato a prefeito de João Pessoa.
Reprodução do Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024