João Pessoa, 16 de junho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
As brasilienses Valéria Silva e Vera Lúcia Gentil estão preparando as malas para uma viagem à Salvador, este mês. Desta vez, o motivo do passeio das irmãs, que levam mais cinco pessoas, não são as belas praias da capital baiana, mas sim as festas juninas que se espalham pela cidade e reforçam a tradição do Nordeste nos festejos em homenagem a Santo Antônio, São Pedro e São João.
“Além dos ‘arraiás’ que se espalham pelos bairros de Salvador, como Amaralina, por exemplo, tem uma grande festa no Pelourinho que atrai muitos turistas que estão na cidade”, diz a servidora pública Valéria, até então, frequentadora assídua das festas juninas de Sergipe.
A dupla de Brasília confirma o apelo turístico das festas juninas, cujo calendário vai além do mês de junho. De maio até julho, fogueiras, dança de quadrilhas, forró, quermesses e muita comida regional aumentam o fluxo de turistas e movimentam a economia de diversos municípios.
As festas de Caruaru, em Pernambuco, e Campina Grande, na Paraíba, estão entre as mais movimentadas do país – e duram cerca de um mês. As condições as levaram a disputar o título de “O Maior São João do Mundo”. A do município pernambucano, terra do sanfoneiro Luiz Gonzaga, por exemplo, começa no dia 30 de maio, e segue junho a dentro. Já a festa paraibana se estende até o dia 5 de julho.
Em Caruaru, a festa com 364 shows deve resultar, nos cálculos da prefeitura da cidade, em movimentação financeira de R$ 246 milhões, e gerar seis mil empregos diretos e indiretos. Já o São João de Campina Grande deve reunir dois milhões de pessoas e, segundo a prefeitura, repetir o sucesso do ano passado, quando a cidade recebeu, além de visitantes do Nordeste e do Sudeste, turistas da Espanha, França e Estados Unidos.
No Rio Grande do Norte, o São João de Mossoró, município localizado a 280 km de Natal, vai entrar para o calendário de eventos do Ministério do Turismo. Os números expressivos da festa justificam a inclusão. No ano passado, segundo a prefeitura, a festa recebeu cerca de dois milhões de visitantes em 22 dias e movimentou R$ 10 milhões na economia local.
Se no Carnaval tem o Pré Caju, em junho tem o Forró Caju. Assim, a sergipana Aracaju se posiciona no circuito dos grandes eventos juninos, que se espalham pelas capitais e pelo interior do país. Entre as marcas registrada das comemorações do “São João” pode-se citar a valorização da culinária, que tem no milho um de seus principais ingredientes, da vida interiorana e dos artistas regionais, convocados para animar festas que vêm crescendo, e se profissionalizando a cada ano.
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TURISMO - 19/12/2024