João Pessoa, 22 de junho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Dez em cada dez paraibanos responde a mesma coisa na ponta da língua ao ser perguntado sobre o que mais incomoda atualmente no Estado: seca e segurança. Para um calo, o governador Ricardo Coutinho já deu resposta. O plano de convivência com a estiagem foi recebido com vivas e esperança. Falta ao governo, reagir no outro igualmente imperioso tema.
Um Plano de Enfrentamento à Violência é coisa pra ontem. Não dá mais para “administrar” a atual situação apenas com doses da fórmula de minimização do grave quadro. Dia após dia, os fatos só desmontam o discurso oficial da segurança pública e assustam uma população impotente aos assaltos e maldades dos bandidos.
Se fizer uma pesquisa, o governo atestará o nível da preocupação do cidadão. O governador Ricardo Coutinho tem o crédito e a responsabilidade de atacar essa onda. Sob seu comando, a sociedade e os municípios devem ser chamados a peitar a violência com estratégia, recursos e unidade.
E esse é um pacto cujo êxito depende muito do engajamento de todos os atores, a começar pelos prefeitos e a obrigação de reformular a política de iluminação. A de João Pessoa, por exemplo, onde concentra-se o maior número de assaltos e homicídios, é sofrível, em que pese a deflagração da troca por luz branca, em alguns pontos.
Mas ainda é muito pouco. Em bairros de classe média, como Bancários, Manaíra e Bessa, só pra citar alguns, a iluminação é um convite à ação criminosa. Imagine na periferia. Como transitar a pé ou ficar ou descer numa parada de ônibus com o mínimo de tranqüilidade num sugestivo e atemorizante breu?
Da parte do governo, não se pode esperar outra medida, entre outras, a não ser a imperiosa decisão política de um escalonamento de reposição do nosso diminuto efetivo. Nem que para isso, o governo corte na carne a gordura de contratados e enxugue a máquina. Sem polícia na rua, não há paz pro cidadão e nem perigo ao criminoso.
De Ricardo Coutinho, a Paraíba – angustiada e receosa – espera uma atitude firme e emergencial. Liderança e coragem ele já provou que tem de sobra.
Brasas do…
O encontro do prefeito Luciano Cartaxo (PT) no apartamento do deputado Rômulo Gouveia (PSD), em Campina Grande, foi regado a uísque e um petisco principal: 2016.
…Forró
Nos bastidores do camarote da Prefeitura, Cartaxo e o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) entraram no ritmo dos cochichos. Nem de longe pareciam petista e tucano…
Ciúme cabeludo
À Correio 98 FM, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) rebateu as críticas do deputado Veneziano Vital (PMDB) ao cancelamento de shows do São João de Campina. O tucano citou problemas de cachês, agendas e ausência de apoio do Estado ao evento. “Isso não tira o brilho da festa. Não quero crer que seja uma dor de cotovelo de Veneziano. É o olhar dele e nós sabemos os motivos”, revidou.
Seria cômico…
… Se não fosse trágico. Explicação do deputado João Gonçalves (PSD) para o atraso em aniversário recente: “Tão matando muito e eu não estou dando conta de tanto velório”.
Arrasta-pé
Depois de almoçar no Mororó, o deputado Renato Gadelha (PSC) caiu no forró organizado pelo irmão/empresário Dalton Gadelha, sábado à tarde, no Hotel Garden.
Sem crise
Do vereador Djanilson da Fonseca (PPS). “Não tenho problemas com Luciano Cartaxo. Vou às solenidades do governador porque estou sendo convidado, não pra provocar”.
Camarote
Diretora-executiva do Sistema Correio, Beatriz Ribeiro ciceroneou André Dias, diretor de Rede da TV Record, no espaço vip da RCTV e TV Maior, no São João de Campina.
Gancho
André Dias revelou à Coluna ótima impressão do evento campinense e o interesse na exploração da festa como atração televisiva: “É um produto com muito potencial”.
Point
O São João de Patos abrigou muitos políticos no fim de semana. Prefeita Francisca Motta (PMDB) e deputado Hugo Motta (PMDB) receberam gregos e troianos.
PINGO QUENTE
“Estou pronto para enfrentar quem vier”.
Do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), despreocupado se a oposição vai de Veneziano ou de Adriano Galdino em 2016.
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OPINIÃO - 22/11/2024