João Pessoa, 27 de dezembro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O governador eleito Ricardo coutinho está fazendo a parte dele, mas a teimosia da classe política paraibana é "osso duro de roer".
Ricardo se esforça ao máximo e dá o primeiro exemplo ao buscar uma equipe de técnicos para formação do novo Governo. Sem esquecer de contemplar aliados, abre espaço para partidos do bloco de aliança.
E é aí onde todo o fisiologismo de nossos ilustres políticos paraibanos aflora. Quando chega a vez deles, tratam logo de eleger o DNA como o atributo mais importante para as ditas indicações partidárias.
Assim fez Dinaldo Wanderley (PSDB), com a mulher Edna, o deputado federal Damião Feliciano (PDT), com o filho Renato, e possivelmente fará o ex-prefeito Carlos Antônio (DEM), de Cajazeiras, com a mulher Denise Oliveira.
Será que em Patos, no PDT, ou em Cajazeiras não há ninguém com outros sobrenomes com competência para ocupar um cargo no Governo?
Como diria o poeta cearense Belchior: "E o que há algum tempo era jovem novo/Hoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer".
É hora de acordar e intepretar fielmente o recado do eleitor paraibano nas urnas em 2010. É tempo de mudança de velhos costumes na direção da Paraíba nova, intensamente pregada durante o pleito. Foi nisso que o povo apostou e quem desse eco destoar pode pagar caro com o preço de ser excluído das próximas listas de eleitos.
Enquanto a roupa nova ainda está sendo costurada, conviveremos com alguns remendos pontuais. Faz parte.
DEM – O governador Ricardo Coutinho (PSB) acerta quando prestigia o senador Efraim Morais, peça importante na caminhada vitoriosa do PSB em 2010. Talvez Efraim é quem peca quando sai do Senado para ser secretário. Tem estatura suficiente para não precisar de emprego.
Surpresa – Era tida como certa a escolha do advogado Ricardo Sérvulo para a Procuradoria Geral do Estado, que ficou com Livânia Farias. Outra missão deve ter sido preparada para o ex-coordenador jurídico da campanha socialista.
Em Alta – O prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PTB), e o deputado estadual Lindolfo Pires (DEM) mostram cacife ao emplacarem o advogado José Formiga para a Secretaria de Administração Penitenciária.
Desabafos – Discreto e de poucas palavras, o governador José Maranhão (PMDB) tem surpreendido ao desabafar sobre decepções e erros que o levaram a derrota. Em entrevista ao MaisPB, admitiu que o sapato alto de alguns assessores lhe custaram o preço do insucesso nas urnas e talvez a aposentadoria política.
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OPINIÃO - 22/11/2024