João Pessoa, 26 de dezembro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
E eu até cheguei a comemorar. Finalmente a Paraíba assistiria o primeiro gesto da distensão política e da civilidade democrática, clima tão aspirado ao longo de desde últimos 20 anos de peleja e guerra.
Até imaginei a cena e o gesto de grandeza do governador José Maranhão (PMDB), o mesmo que um dia foi cassado e vítima do Golpe Militar.
Seria um ato de coroação da elástica passagem de Maranhão pelo Palácio da Redenção e sinalizaria um tempo de menos arengas e mais vontade política em torno de objetivos comuns.
Mas não foi dessa vez. O governador evitou ao máximo confirmar participação na solenidade de transmissão de cargo ao governador diplomado Ricardo Coutinho (PSB).
Na reta final, mais uma vez adiou o que a parcela mais sensata do povo da Paraíba aguardava: um lance de despreendimento e espiríto público de seus governantes.
Maranhão decidiu não ser o protagonista deste capítulo da história paraibana. Preferiu ser mais um entre tantos ex-governadores e autoridades na posse da presidente Dilma Roussef (PT).
O nosso governador perdeu uma chance particular de sair de cabeça erguida do Governo da Paraíba. A trajetória do próprio Maranhão e o avançar da idade careciam de uma saída honrosa, digna de um estadista.
No livro de sua caminhada, Maranhão não poderia deixar de escrever essa página.
Marizópolis – Não tem viagem internacional ou programa com significado maior do que revisitar suas origens e seu povo. Entre tantas atividades e preocupações, guardei um pedaço de minhas férias para voltar a beber na fonte que me fez homem. Alegria de ver a família, os amigos e principalmente saber que a cidade começa a acreditar que a hora de ser feliz é a gente que faz.
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OPINIÃO - 22/11/2024