João Pessoa, 28 de junho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A estudante de enfermagem Márcia Valéria dos Santos Louzada, de 39 anos, confessou à Polícia Civil ter sido a autora do vídeo que mostra o cantor sertanejo Cristiano Araújo morto. “Foi um ato impensado”, disse ela, em depoimento.
Márcia assumiu a responsabilidade pela gravação e tentou livrar da acusação o técnico Marco Antônio Ramos, de 41. Segundo ela, o colega, que aparece no vídeo, não sabia que estava sendo filmado.
Os dois trabalhavam na Clínica Oeste Tanatopraxia, especializada na reconstituição visual de corpos de vítimas de mortes violentas para velórios com caixão aberto.
A estudante de enfermagem afirmou ainda que, após a gravação, enviou as imagens a um colega de faculdade, que teria sido o responsável pela distribuição das imagens via Whatsapp.
O colega de Márcia foi indicado pelo vazamento das imagens, assim como Márcia e Ramos. Ele, porém, só deve prestar depoimento nesta semana.
Os envolvidos responderão por vilipêndio de cadáver, crime previsto no artigo 212 do Código Penal e podem ser condenados a penas que vão de um a três anos de prisão, além do pagamento de multa.
A Clínica Oeste divulgou duas notas informando a demissão por justa causa dos dois técnicos. Segundo a assessoria de imprensa, os funcionários da empresa assinam um termo de compromisso que informa a proibição de qualquer fotografia ou gravação de procedimentos de preparação de corpos e que isso seja “principalmente divulgado”.
A clínica destacou que repudia a atitude mórbida dos dois funcionários e se solidarizou com fãs e familiares.
Solda
Outra investigação em andamento na Polícia Civil é para saber se a troca dos pneus da Range Rover envolvida no acidente pode ter influenciado no sucessivo capotamento que causou a morte de Araújo e da namorada, a estudante Allana Moraes, de 19 anos, na madrugada de quarta-feira (24) na BR-153, quando voltava de um show. Ele e a namorada estavam no banco traseiro e não usavam cinto de segurança.
Peritos reexaminaram o carro e verificaram sinais de solda nas rodas do carro, que tinha apenas dois meses de uso e é tido como um modelo seguro para viagens. Também confirmaram que os pneus originais eram de 18 polegadas de espessura e foram trocados por rodas com 22 polegadas, que têm espessura mais fina. Essa troca geralmente é feita para a customização de veículos.
R7
OPINIÃO - 22/11/2024