João Pessoa, 23 de dezembro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Chega a ser cômica a reação dos presidentes estaduais do PT e do PMDB, Rodrigo Soares e Antônio Souza, respectivamente, em relação a participação confirmada de filiados de ambos os partids no Governo de Ricardo Coutinho (PSB).
Souza é mais radical. Ele se apressou em dizer que Iraê Lucena, escolhida para Secretaria das Mulheres, cometeu uma traição premeditada e anunciou a pena capital para os infiéis: expulsão.
Já Rodrigo Soares seguiu a mesma linha adotada desde quando recebeu o resultado desfavorável das urnas. O petista não aceita Walter Aguiar, nome confirmado para Casa Civil, no Governo do PSB.
É preciso mais ponderação dos dois dirigentes partidários. No caso do PMDB, a dissidência não é comportamento isolado de Iraê Lucena.
Um partido do tamanho do PMDB é natural que existam teses divergentes. O PMDB nacional é o maior exemplo do esfacelamento. o próprio José Maranhão votou em Lula em 2002, divergindo da decisão oficial do partido que indicou o vice de José Serra (PSDB).
No PT, o principal argumento da ala maranhista são as "companhias" de Ricardo Coutinho, que mantém aliança com PSDB e DEM. Se Rodrigo refletir, longe das arestas políticas, verá que o PT tem mais identificação com Ricardo de que mesmo com Maranhão.
Justiça – Já era esperada, mas a escolha de Nonato Bandeira para a secretaria de Comunicação do Estado é o reconhecimento do papel que o jornalista tem desempenhado em favor do projeto de Ricardo Coutinho. Discrição, foco e competência não faltam ao novo comandante da Secom.
Prêmio – A vereadora Raíssa Lacerda (DEM) não escondeu a satisfação de ter o pai entre os secretários escolhidos para o Novo Governo. Zé Lacerda (DEM) vai cuidar da articulação política.
Acordo – Em Sousa não se fala noutra coisa. O grupo Gadelha vai apelar para atrair João Estrela (PDT). É a equação para tirar o sono do prefeito Fábio Tyrone (PTB). Integrantes do clã já admitem o "galeguim" na cabeça de chapa.
Abaixo do esperado – Impressiona a imagem negativa do governo de Léo Abreu (PSB) em Cajazeiras. Até os vereadores aliados reclamam do rumo que o prefeito deu à gestão. Ninguém se entende. Carlos Antônio (DEM) agradece.
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OPINIÃO - 22/11/2024