Reunião com bispos, padres e deputados no Palácio da Redenção

Ainda que não tivesse qualquer efeito prático positivo, o que não é o caso, a reunião do governador Ricardo Coutinho com os bispos da Igreja Católica na Paraíba merece respaldo pela simbologia do gesto governamental da abertura do diálogo com setores da sociedade para o debate de questões urgentes.

Ricardo mostrou ciência da necessidade do chamamento social na tarefa de criar mecanismos e soluções para as demandas mais prioritárias dos paraibanos. Leia-se crise hídrica e segurança pública. A reunião focou primordialmente no primeiro ponto, mas não marginalizou o segundo. Isso, o próprio governador admitiu em entrevista à imprensa antes do início do encontro, noticiado em primeira-mão aqui na Coluna.

A apresentação do Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem foi um pedido explícito de apoio e engajamento às autoridades religiosas, todas elas detentoras de papéis importantes e influentes em suas respectivas comunidades, mas também uma forma de prestação de contas do que está sendo feito no período crítico.

Na segunda parte do encontro, o governador abriu espaço para discussão da segurança pública, um tema igualmente preocupante e merecedor de toda a concentração de forças e energias do Poder Público e dos organismos sociais. O secretário Cláudio Lima fez uma exposição estatística.

De posse dos dados, Lima comparou o quadro paraibano com outros estados brasileiros e explanou os investimentos e ações implementadas pelo governo nos últimos quatro anos. Bispos, padres e deputados tiveram a oportunidade de comentar a situação e apresentar sugestões.

Quem participou, saiu do encontro com avaliação positiva do saldo da reunião. Foi uma oportunidade de enfrentar as duas graves questões de forma aberta, transparente e contributiva. E se toda caminhada começa no primeiro passo, como diria o poeta Accioly Neto, o governo deu ontem um grande salto.

Quatro…
Presente no evento, o presidente da Assembleia, Adriano Galdino, chamou atenção da Coluna para o fato de temas delicados terem sido tratados com o parlamento e a Igreja.

…Mãos
“Antes as coisas só eram resolvidas com os técnicos”, registrou o parlamentar socialista, emendando: “A participação da Igreja nesse processo é fundamental e tem muito peso”.

Extrema unção
O staff do deputado Luiz Couto (PT) precisa refletir. Mesmo sendo voz contrária no debate da redução da maioridade e dono de perfil parlamentar diferenciado na Paraíba, o mandato do petista entrou em estágio de prostração. Pouco se sabe da atuação do padre. Até sua votação começa a sentir os efeitos. Caiu de 95 mil (2010) para 69 mil (2014).

Rejeição
O deputado Veneziano Vital (PMDB) lamentou a falta de quórum para aprovação da redução da maioridade: “Aqueles que eram contra tentavam confundir alguns outros”.

Papel
“A Igreja, pela sua capilaridade e atuação, é um segmento importante na conscientização ao uso racional da água”, destacou o deputado Jeová Campos (PSB).

Pincelando
Famoso chargista pessoense, o aplaudido Régis Soares assinou ficha de filiação ao PSOL e vai desenhar uma candidatura à uma vaga na Câmara Municipal pelo partido.

É hoje
Na agenda em São Paulo, Ricardo Coutinho recebe em Campinas o Prêmio Selo de Mérito 2015 pelos projetos Cidade Madura e Casas com Energia Solar Fotovoltaica.

Irregularidade
“É uma ocupação que se equipara a grilagem”. Do procurador da República, José Godoy de Sousa, sobre os bares da Praia do Jacaré, condenados à demolição.

Livres
Pelo menos 15 partidos ainda estão dançando no bloco dos “solteiros” para a eleição de 2016 na Capital. Só casam na hora “H” e dependendo das intenções do pretendente.

PINGO QUENTE
“Governo que teme crítica não pode ser um governo que se escuta”.
Do presidente estadual do PT, Charlinton Machado, que não vê problema no partido debater as críticas socialistas à gestão petista em João Pessoa.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.

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