João Pessoa, 13 de dezembro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O deputado estadual Rodrigo Soares é um dos quadros mais capazes e articulados do PT da Paraíba, mas perde a razão quando arranja argumento frágil para justificar a posição de oposição ao futuro Governo.
Dizer que o PT deve se manter na Oposição a Ricardo pelo fato do PSB ter alianças com "inimigos de Lula e Dilma" é discurso que não pega.
Ora antes de ter Cássio Cunha Lima (PSDB) e Efraim Morais (DEM) na lista de apoiadores, o PSB votou na candidata Dilma Roussef.
Nunca é demais lembrar que o então candidato Ricardo Coutinho se manteve no apoio a Dilma mesmo tendo que assistir o presidente Lula pedir votos na TV para o adversário José Maranhão.
À direção do PT caberia nesse instante uma auto-análise sobre o processo recentemente passado.
É preciso uma auto-crítica para se perceber que houve erro de cálculo e excesso de apego a perspectiva de poder, baseada na caneta mágica do Governo que se finda.
A decisão de ser oposição deveria ser movida por discordância do programa de governo, falta de identidade do PSB e do seu maior líder Ricardo Coutinho com o Governo de Dilma, entre outros eventuais motes. Nunca pelas "companhias" do governador eleito
Recado das urnas – Rodrigo diz que as urnas deram um recado claro que o PT deve ser Oposição. Será que foi esse o recado?
Ou a mensagem do eleitor foi de que o PT na Paraíba não fez a opção mais identificada com o seu perfil?
Por quê a Paraíba decidiu eleger Luiz Couto e derrotar praticamente toda a ala petista aliada ao PMDB?
Qual terá sido realmente o recado do povo ao PT da Paraíba?
A pergunta deve ser feita e respondida por cada petista. Ainda que silenciosamente.
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OPINIÃO - 22/11/2024