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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Cartaxo peitando a crise

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publicado em 03/07/2015 ás 09h36

Foi sintomático. Um dia depois de o governador Ricardo Coutinho admitir a possibilidade da paralisação de obras devido à queda de receitas, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, contabilizou investimentos da ordem de R$ 62 milhões em obras e ações entregues no primeiro semestre deste ano.

É sutil, mas é um contraponto indireto. É como se Cartaxo estivesse dizendo que, mesmo diante do cenário de limitações financeiras, continua tocando a gestão sem solução de continuidade, diferente da iminente ameaça de interrupções em intervenções admitida pelo governo.

Na verdade, não há fórmula fixa. Estados e municípios, nesse instante, dependem da modernização da gestão, eleição de metas e cobrança de resultados. Fazer mais e melhor com menos é um grande desafio para todos. E essa foi a tônica de Cartaxo ontem perante seus secretários e nas entrevistas concedidas.

Na reunião de avaliação com o secretariado, Luciano sustentou a possibilidade de fazer diferente, num cenário adverso em que a gestão não se resuma a política do “pires nas mãos” para driblar os efeitos da crise econômica. Ou seja, não se pode apenas esperar pela “ajuda de cima”.

Os números divulgados ontem apontam para um crescimento de 107% em obras no comparativo ao mesmo semestre do ano passado. Uma surpresa para muitos. Segundo ele, a média foi de uma entrega à população por semana. Na lista, nove creches (6 mil crianças atendidas) em tempo integral e 3 mil casas (12 mil famílias atendidas).

Pelas beiradas, Cartaxo segue sua trilha. Ao invés do confronto com seus adversários, sejam os públicos ou os ocultos, ele prefere fazer a defesa do saldo de sua administração. O que não deixa de ser uma reação. E no enfrentamento da crise, sinaliza que opta por enfrentar o bicho papão no lugar de ficar lastimando sua existência.

Frases de…
“Nesse momento que o Brasil passa, nós temos o princípio de entender muito bem a responsabilidade fiscal, mas o nosso grande objetivo é a responsabilidade social”.

…Cartaxo
“As obras do Estado são bem vindas. O que deve prevalecer é o interesse público, a gente tem que convergir, isso vale muito mais do que a vaidade pessoal de A ou de B”.

Missão em Sampa
Antes de receber prêmio nacional pelo “Cidade Madura”, o governador Ricardo Coutinho gravou ontem à tarde entrevista na Record News, com Heródoto Barbeiro, em São Paulo, a ser exibida hoje, 21h. Ao meio dia, Ricardo almoçou com Luiz Cláudio Costa, presidente da Record, a diretora-executiva do Correio, Beatriz Ribeiro, e o empresário Roberto Cavalcanti.

Positividade
Na conversa com Luiz Cláudio Costa, Ricardo Coutinho registrou “a importância da Record em construir uma pauta positiva para o Brasil, evitando pintar o negativismo”.

Ponte
“Ameno e muito produtiva”. Do secretário de Comunicação do Estado, Luís Tôrres, articulador do encontro, resumindo o saldo da conversa com a direção da Record.

Paradigma
Ao receber o prêmio pelo Cidade Madura, em Campinas (SP), Ricardo cunhou a frase: “Somente um governo de ideias novas se preocupa em cuidar de pessoas idosas”.

Gesto
Primeiro, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) sugeriu, na tribuna do Senado, a renúncia da presidente Dilma para “aliviar o sofrimento do povo brasileiro”.

Pegando…
Ontem, o presidente estadual do PT, Charlinton Machado, cumprindo seu dever de “botar a cabeça fora”, como sugeriu o governador Ricardo Coutinho, e reagiu à altura.

…Pesado
“Quem saiu pela porta dos fundos do Palácio da Redenção não tem qualquer moral para defender a renúncia de um presidente eleito democraticamente pelo povo”, retrucou

PINGO QUENTE
“Eu não preciso estar aparecendo”.
Do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), sobre seu estilo mais discreto de fazer política, ressaltando que prefere agir.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.

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