João Pessoa, 12 de julho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Luciano Cartaxo sempre foi um petista diferente, desde seus primeiros passos na política pelo Partido dos Trabalhadores, uma legenda naturalmente efervescente e marcada pelos conflitos internos. Raramente, Cartaxo esticou a corda. Ao longo de sua trajetória, optou pela moderação, postura que vem colecionando vitórias e mandatos.
É o que vem fazendo agora no exercício do cargo de prefeito de João Pessoa. Inversamente às gestões mais turbulentas do PSB, legenda com a qual disputou e se fez contraponto em 2012, Luciano toca o mandato focado na fórmula de tentar solucionar os gargalos mais complicados, com o mínimo de conflito possível. Nada fácil.
Com o debate eleitoral posto na ordem do dia entre lideranças partidárias e contatos políticos, Cartaxo salta essa fogueira e segue outra estratégia no trabalho de fortalecimento de candidatura: mira na gestão. Pessoalmente já anotei. Nas entrevistas, ele repete que o cidadão, ao sair de casa, está pouco interessado nas intrigas políticas. O contribuinte quer saber mesmo é como o serviço público está chegando ao seu bairro, melhorando sua vida e de sua comunidade.
Outro exemplo: o prefeito evitou ao máximo adentrar no mérito daquela avaliação da revista Veja, que lhe coloca entre os mais bem avaliados do seu partido no Brasil e com cenário favorável à reeleição. O que fez Cartaxo? Ao invés de faturar muito em cima e tripudiar os adversários, desconversou e registrou apenas que continuaria dedicado ao trabalho e a sua meta de entrega de uma obra por semana.
Pelo tom crescente de críticas, abertas e veladas, dos adversários conhecidos e virtuais, tudo levaria Luciano a reagir no mesmo diapasão. Nada disso. É exatamente por evitar entrar no debate das alianças que ele deixa muitas portas abertas para o momento próprio. Segue a mesma pisada dos tempos de vereador, deputado e vice-governador, estando acima das disputas partidárias, rejeitando a tentação da intransigência e confronto e preferindo o caminho do diálogo e dos resultados para consolidação política. É plantando nessa linha que espera boa colheita em 2016.
Novo…
A briga do ex-prefeito de Catolé do Rocha Lauro Maia e o primo e deputado Gervásio Maia não acabou. O conflito familiar agora é pelo comando do PMDB da cidade.
…Duelo
Gervásio quer controle do partido. Já Lauro cobra do senador José Maranhão e do deputado Veneziano Vital o cumprimento de acordo para ser candidato a prefeito.
Gargalo na saúde
Apenas no primeiro semestre de 2015, 1.700 cartões de usuários do SUS do Interior do Estado foram transferidos para João Pessoa, segundo constatação da secretária de Saúde de João Pessoa, Mônica Rocha. Um dado revelador do quadro de estrangulamento da rede na Capital, gerado pelo êxodo diário de pacientes de outras cidades em busca de socorro e cuidados médicos.
Requentando
Sem mandato, o ex-deputado Toinho do Sopão (PEN) está buscando nova receita partidária. Pelo visto, o amargo resultado de 2014 não tirou o apetite dele pela política.
Uso da…
“O TRE fez justiça ao arquivar essa AIJE, que, a exemplo das demais, não encontra o menor alicerce jurídico! É preciso respeitar a decisão soberana dos paraibanos em 2014”.
…Granja
A frase é do advogado Fábio Brito, da coligação liderada pelo PSB, sobre o arquivamento da ação tucana contra reuniões políticas realizadas na residência oficial.
Previsão
No aniversário de Sousa, o governador Ricardo Coutinho prometeu, durante entrevista coletiva, a conclusão da barragem do Pintado até a primeira quinzena de agosto.
Alvo
Para tirar o stress, o deputado Bruno Cunha Lima (PSDB) usa as horas vagas para praticar o “tiro esportivo”. Um lazer para exercitar muita “concentração e precisão”.
Leituras
À Coluna, adversários do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) em Campina Grande dizem que são capazes de assar um dedo apostando na saída do gestor do ninho tucano.
PINGO QUENTE
“Não adianta forçar a barra”.
Do presidente estadual do PMDB, José Maranhão, para quem coligações não se “fazem de cima pra baixo”.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba de 12/07/2015
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OPINIÃO - 22/11/2024