João Pessoa, 24 de setembro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ex-governador Cássio Cunha Lima já está acostumado a viver grandes emoções e nos últimos tempos a amargar decepções e quedas na política, mas a última semana deve ter sido um dos piores martírios vividos pelo tucano.
Chegar a reta final da campanha com a candidatura na berlinda, sem certezas e rodeados de dúvidas, deve tirar o sono de qualquer ser humano, mesmo aqueles acostumados com os meandros do sobe e desce da política.
A situação de Cássio é dramática. Certamente chegará ao dia 3 de outubro vivendo um dilema de equação complicada. A indefinição do Supremo Tribunal Federal é uma navalha que sangra o ex-governador lentamente.
A instabilidade adquirida ao longo do processo, especialmente com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, e ampliada nessa fase decisiva tem força inclusive para abalar a base do primeiro colocado nas pesquisas.
Já há movimentos de prefeitos e lideranças aliadas de reflexão e novos cálculos sobre o voto em Cássio Cunha Lima. Alguns precavidos, já acham mais prudente fechar com outros candidatos ao Senado.
Tem até aliado de Wilson Santiago que embarcou na dobradinha com Cássio, fazendo o caminho de volta e procurando a campanha de Vital do Rêgo Filho.
No círculo político de Cássio, há quem defenda que ele não deve correr riscos e logo providenciar a substituição por Sílvia Cunha Lima.
Entre os advogados ligados ao Grupo Cunha Lima aparece quem advogue intransigentemente a manutenção da candidatura. Depois de eleito, a história seria outra.
É delicado um quadro no qual até os “médicos” não sabem ao certo o tratamento a recomendar ao paciente.
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