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PB: 4ª posição no NE?

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publicado em 22/09/2010 ás 17h14

O reitor da UFPB, professor Rômulo Polari, também renomado economista, escreveu e o jornal Contraponto vem publicando, semanalmente, um estudo/sugestão do que poderia ser admitido como um projeto para o desenvolvimento da Paraíba e, na parte veiculada mais recentemente, chama a atenção de que a meta que este Estado deve perseguir é a de sua recondução à condição de 4º maior do Nordeste.

Da parte do articulista Josival Pereira, foi dito sábado passado, no Jornal Correio da Paraíba, que “o ideal seria estabelecer o quarto lugar como meta, uma marca a ser ostentada” no âmbito do Nordeste, isto expresso mediante uma análise sobre os dados divulgados sobre a geração de empregos com carteira assinada no Brasil, neste último mês de agosto, e nosso Estado se posicionou entre os dez de maior desempenho. Coincide, pois, com o pensamento do reitor Rômulo Polari para que a Paraíba volte a ser o que já foi no contexto no Nordeste.

Na primeira parte dos escritos do reitor Rômulo Polari ele próprio evidencia que qualquer que seja um plano de governo, se elaborado no restrito ambiente dos gabinetes ditos técnico-burocráticos, só ganha legitimidade se referendado pelos diversos segmentos a sociedade, portanto os auscultando para confirmação das idéias pré-propugnadas ou para adequá-las às aspirações desses mesmos segmentos.

Um aspecto, porém, precisa ser levado em conta por técnicos planejadores e pelos próprios governantes: não nos convem sonhar com maior ou melhor desempenho econômico se não formos capazes de uma racional distribuição dessa riqueza. De pouco valeria já estarmos – se tivéssemos – ostentando um quarto lugar no contexto econômico do Nordeste se as manchetes jornalísticas, como as de sábado passado, apontam que “PB tem a 2ª maior desigualdade de renda do país”!

Já faz tempo, desde os tempos em que atuamos como técnico de planejamento no governo do Estado, que temos insistido que nosso melhor caminho – é o que nos parece – seja o de propugnarmos por um desenvolvimento indutivo, ou seja, sairmos da chamada lógica dedutiva de incentivarmos a economia só das cidades ou regiões que disponham de potencialidades claras nesse aproveitamento.

Precisamos, também – e principalmente -, criar as condições necessárias a que cada cidade, cada microrregião, mesmo sem “natural” potencialidade econômica, finque suas raízes de desenvolvimento sustentável, capaz de atender e acolher sua própria gente. Aliás, o lugar que qualquer de nós quer mesmo estar é naquele que nasceu. Dele fugimos porque as políticas públicas, em regra, são acionadas em favor das áreas de maior potencialidade econômica, que, como resultado, geram as São Paulos desvairadas, os Rios de janeiros de terrores, os Recifes atormentadores, as cidades grandes de vidas sem qualidade…de vidas sem sentido!