João Pessoa, 24 de julho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A menina de 13 anos que foi filmada dançando nua em um baile funk em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, disse que não foi forçada a subir no palco. A menor afirmou, no entanto, que teve a bebida “batizada”.
— Dancei lá pelada porque eu quis, entendeu? Batizaram minha bebida.
O vídeo da adolescente foi divulgado nas redes sociais. Segundo Erika Roberta Alves, coordenadora do Juizado de Menores da cidade, a jovem já tinha sido apreendida em outra festa um dia antes.
— Ela é uma menor que já está qualificada nos autos. Parece que a conduta da menina já vem agravando o relacionamento e os pais já não querem mais saber dessa criança.
O baile aconteceu na garagem da casa de um policial civil que fica na principal avenida do bairro Cristina. No cartaz de divulgação da festa, homens pagam pela entrada sete vezes mais que mulher. E não há faixa etária mínima permitida.
Os vizinhos reclamam que são incomodados pelo barulho todo fim de semana. No ano passado a corregedoria recebeu uma denúncia anônima sobre os bailes que acontecem na casa do policial.
Segundo a assessoria de imprensa da corporação, a participação direta do investigador nas festas não foi comprovada, por isso a sindicância foi arquivada. Na mesma época, o 3º Departamento de Policia da cidade instaurou um inquérito para investigar suposta pedofilia durante os bailes. Ainda segundo a assessoria, não foram encontrados indícios de atividades ilícitas no local. O relatório já foi encaminhado à Justiça.
O organizador da festa e o policial, que se mudou da casa há poucos dias, não quiseram comentar o assunto. A Prefeitura de Santa Luzia informou que não há nenhum pedido de alvará para a realização de festas no local, ou seja, os bailes aconteciam ilegalmente.
O juizado afirmou que pretende encaminhar à Promotoria da Infância e Juventude do município uma denúncia de exploração sexual de menores.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024