João Pessoa, 23 de agosto de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Uma opinião pré-concebida, portanto sem qualquer reflexão, não pode existir contra ninguém… nem contra nenhum segmento social.
Aliás, em qualquer segmento social existem os bons, os não tão bons e os que maculam a imagem desse segmento. Mas, por conta de alguns, nunca se deve atingir, negativamente, o conjunto de um segmento social.
Um dos segmentos mais atingidos pelo preconceito é, sem dúvida, o político, ou seja, por conta de “uma boa parte” (que necessariamente não significa a maioria), os políticos, generalizadamente, são “mal vistos”.
E, como para mostrar esse sentimento prevalecente no meio do povo (embora possa não corresponder ao seu próprio sentimento), até os artistas, “contadores de causos”, nunca deixam, também, de “pegar no pé” dos políticos. E o nosso Jessier Quirino não poderia ser exceção.
Na terça-feira passada (dia 17), por exemplo, ao encerramento de uma solenidade de premiação promovida pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, em Brasília, o mestre de cerimônia, despedindo-se, anunciou que deixaria a platéia com um paraibano nascido em Campina Grande, residente em Itabaiana, arquiteto por profissão e poeta por vocação. E aí surgiu Jessier Quirino logo lembrando que naquele dia (18) estava iniciando-se o guia eleitoral inclusive pela TV. E disse: “O guia eleitoral parece a gente vendo a esteira do aeroporto: é tudo mala!”. Os próprios deputados presentes riram e aplaudiram intensamente.
É preciso que os bons políticos, em vez de apenas rirem com essas generalizações, também reajam e demonstrem que não são, todos, esses “malas” ou “aproveitadores”, para si mesmos, de seus mandatos. Façam como fez há oito dias, segunda-feira passada, o senador Roberto Cavalcanti lá no Aeroporto de Congonhas/SP, quando se encontrava embarcando para Brasília! E certamente assim o fez por sua própria convicção de não ser um “mala” da política, e, sim, um político que honra o seu mandato de representante e defensor do povo, sobretudo o paraibano.
Anunciado e feito o chamamento para o vôo, o senador Roberto Cavalcanti cumprimentou-me e foi tomando a fila para a qual o serviço de som indicara e que se relacionava aos portadores do cartão especial da TAM. E aí uma senhora, de forma grosseira, estranhando que Roberto se posicionasse naquele lugar, exclamou: “Só pode ser político!”. No que Roberto prontamente contrapôs: “Que preconceito é esse, minha senhora”. E aquela senhora ampliou seu preconceito: “Se não é político, é porque é rico!”. E aí a senhora ouviu o melhor de Roberto: “Também! Político e rico! Rico graças ao meu trabalho. E a senhora, se não é só preconceituosa, é também complexada… é doente!”
A mulher “engoliu” as palavras, as dela e as que teve como resposta, saiu como se escondendo e nem a vi no avião. Parece ter se arrependido.
OPINIÃO - 22/11/2024