João Pessoa, 12 de agosto de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
É de causar impressão como cenário político e eleitoral paraibano mudou nos últimos seis meses. Algo que quase ninguém acreditava que se daria pelo menos na proporção atual.
Mesmo empossado no Palácio, o governador José Maranhão (PMDB) inicialmente não causava perante a classe política a famosa "expectativa de poder".
Por alguns motivos até previsíveis, como o desgaste natural acumulado por dois outros mandatos e até a idade avançada.
Do outro lado, o então prefeito Ricardo Coutinho (PSB) parecia surfar numa onda quase impossível de ser contida.
Não passou muito tempo e Maranhão começou a dar a volta por cima. Concentrou ações na atração de novos partidos, aglutinou apoios na Assembléia buscou adesões de prefeitos e até formou base em território onde antes Ricardo reinava; a Câmara Municipal.
A favor do peemedebista entrou a falta de assimilação do eleitor mais esclarecido à aliança feita por Ricardo com o grupo Cunha Lima. Não é possível esconder que a aliança também trouxe dissabores ao coletivo socialista.
Foram fatores que contribuíram para o equilíbrio de forças e posteriormente para uma modificação do quadro político.
Hoje talvez Ricardo, pelo menos reservadamente, entenda que a aliança possa ter sido um erro estratégico.
Por quê não ter apresentado ao eleitorado uma nova opção, sem atrelamentos, no primeiro turno? Havia grandes chances do PSB ir para o segundo turno, mesmo com a candidatura de Cícero Lucena (PSDB).
No segundo turno, Coutinho receberia por gravidade os apoios de Cássio, Efraim e companhia LTDA. Ricardo se juntaria a todos, mas sem "perder" a identidade, como seus críticos hoje advogam.
Aparentemente, a rota traçada não calculou com maior cuidado os perigos das curvas e buracos da estrada.
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OPINIÃO - 22/11/2024