João Pessoa, 10 de agosto de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A democracia brasileira avança, mas ainda não ao ponto de ter provocado consciência cidadã na maior parte dos agentes
políticos.
O dono de mandato outorgado pelo povo precisa se comportar como funcionário, de fato, da sociedade que o elegeu e a ele
delegou a missão de cumprir obrigações legislativas e executivas.
Não há justificativa para tantas faltas de deputados e vereadores nas Assembléias e Câmaras, respectivamente.
Na Assembléia da Paraíba, o presidente da Casa, Ricardo Marcelo (PSDB), se desdobra para convencer os colegas da necessidade
de comparecer aos trabalhos legislativos, mesmo em tempos de disputa política.
Na Câmara de João Pessoa, Durval Ferreira, se esforça, ameaça corte de ponto e nem assim sensibiliza os parlamentares que
faltaram até à reunião marcada para discutir o problema. Uma ironia.
O agente político é um detentor de cargo temporário que deve ter compromisso e carga horária dedicada ao interesse social. O
mandato não é propriedade individual. É vontade coletiva.
Ora, se o trabalhador, remunerado com uma merreca de salário mínimo, tem que bater o ponto diariamente, por que o político
com alto salário e tantas mordomias se acha no direito de não dar satisfação ao contribuinte? Nada disso.
O amuderecimento da população vai terminar expurgando os malandros e gazeteiros da política.
Deca do Atacadão – O empresário, José Gonzaga Sobrinho, primeiro suplente de Cássio, se articula bem nos bastidores para
provar que tem méritos e ideais que lhe faz merecer ocupar espaço na política paraibana.
Ruído na comunicação – Soou estranha a crítica pública do publicitário Anderson Pires, da Agência Signo, aos rumos midiáticos
da campanha do governador José Maranhão. Em alto e bom som, o marketeiro da campanha de Avenzoar Arruda, em 2004, disse que
faria tudo diferente da Propeg, empresa escolhida para cuidar do marketing do PMDB.
Acordo velado? – Apesar dos rumores e sinais de bastidores, Vitalzinho (PMDB) foi rápido para tentar apagas as chamas dos boatos veiculados na imprensa nacional de "acordo informal" com Cássio Cunha Lima (PSDB) em Campina Grande.
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