João Pessoa, 02 de agosto de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Por tudo que estamos vendo, a atividade política, de tão depreciada, virou quase sinônimo de esperteza. A moda agora, até entre seus agentes, é se desvencilhar do termo político e se associar a atuações mais em evidência, como transparência, interação nas redes sociais e, em alguns casos, distanciamento partidário.
Rômulo José de Gouveia resiste. É o que podemos chamar de um político, no sentido mais estrito da palavra. Na Paraíba, talvez, o que na atualidade melhor encarna a característica, sem perder o equilíbrio entre a agenda parlamentar e a velha prática do atendimento dos correligionários e eleitores, como mandamento.
Quem acompanha, sabe: Rômulo é um gigante nesse mister. Nem o peso acima da média, lhe tira a energia e a desenvoltura para cumprir rigorosamente a tarefa diária de atender e retornar a telefonemas, que vão do ministro Gilberto Kassab, em Brasília, até dona Nenzinha, no Zé Pinheiro.
Nos compromissos, Rômulo faz milagres para marcar presença em todos. Do jeito que não perde uma solenidade cheia de pompas em João Pessoa, seja no TCE, Assembleia, Ministério Público ou Tribunal de Justiça, também não deixa de chegar pontualmente à noite em Campina, por exemplo, para a formatura de um eleitor.
E faz isso cotidianamente com um adendo que lhe diferencia, o prazer, um sentimento que lhe diferencia de quem até tenta fazer parecido, mas por mera obrigação e sacrifício pessoal. Rômulo gosta de despachar e tem realização pessoal quando consegue resolver ou ser intermediário das demandas que lhe chegam.
O mais intrigante é que Gouveia se mantém nessa linha sem perder o foco parlamentar. Definitivamente, como deputado não tem nem de longe um mandato apagado. Mantém razoável e regular estoque de matérias legislativas em tramitação na Câmara e vive de ministério em ministério cavando recursos para sua base aliada. Definitivamente, de uma espécie quase em extinção, é um caso à parte.
Herança…
Em entrevista ao colunista, Rômulo Gouveia credita boa parte desse perfil ao convívio de décadas com o ex-governador Ronaldo Cunha Lima, que marcou seu tempo.
…Pessoal
“Me sinto bem”, confessa o presidente estadual do PSD, confidenciado satisfação em receber, atende e encaminhar pleitos, conciliando com a agenda regular da vida pública.
Arthur Filho e os dois mandatos
Abelardo Jurema Neto, advogado de Arthur Filho (PRTB), contesta notinha intitulada “Lei de Newton”, de ontem aqui na Coluna, e sustenta legalidade no acúmulo de mandato do suplente na Assembleia e do cargo de vereador. “Norma municipal (Cabedelo) permitiu tal desiderato, enquanto que não vislumbro norma federal que vá de encontro, expressamente, a esse fim”, registra Jurema.
Precedentes
Quem não lembra das situações de Nadja Palitot e Hervázio Bezerra. Para assumir na Assembleia, ambos tiveram que renunciar os mandatos na Câmara de João Pessoa.
Réplica
Contraponto de Abelardo Neto: “Eles optaram por renunciar, mas não ajuizaram a matéria. Já Arthur tem escopo legal que é a permissividade de Lei Municipal”.
Pergunta-se
Na ágora paraibana, muita gente quer saber: o prefeito Luciano Cartaxo irá quarta-feira à inauguração do Teatro Pedra do Reino, obra do governador Ricardo Coutinho?
Coração
A emoção foi maior e o empresário Roberto Cavalcanti não segurou as lágrimas no lançamento da Auto Club Honda/Zona Sul. No agradecimento a Deus, soluçou.
Maré
Na solenidade de inauguração da Auto Club, a deputada Estela Bezerra (PSB) distribuiu sorrisos e cumprimentos. Perguntada sobre o astral pra cima, apenas voltou a sorrir.
Elo
O publicitário Frank Ramalho, da Tag Zag, agência atualmente mais solicitada na Prefeitura da Capital, tem papel estratégico na construção do conceito da gestão.
PINGO QUENTE
“Eu não decretei o começo e o fim de nada”.
Do secretário Luís Tôrres (PSB), sobre suas ponderações de critérios para renovação da aliança do PT e PSB em João Pessoa.
*Reprodução do Correio da Paraíba.
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OPINIÃO - 22/11/2024