Nem tanto ou quase nada pela ausência pública de desagravo às pesadas denúncias apresentadas ao Brasil pelo ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande, Renan Trajano. A insatisfação do deputado e ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo com o PMDB é de outra ordem, segundo ele próprio assegura, em tom de reparo, no contato telefônico com a Coluna, nesse fim de semana.

Professoral, Veneziano atribuiu o descontentamento à condução da direção estadual peemedebista em relação à burocracia interna e demora na elucidação de impasses, como o registrado em João Pessoa no contencioso entre os deputados Manoel Júnior e Gervásio Filho, litigantes no conflito pelo comando do diretório municipal.

Queixa somente às surpresas registradas ultimamente de destituição de diretórios locais formalmente legalizados, sem critérios transparentes ou mínima comunicação prévia aos deputados interessados nos respectivos municípios, como se deu em Sapé e Mataraca, com aliados de Gervasinho.

Nada de queixa, de acordo com o “cabeludo, contra a falta de uma nota oficial, de pelo menos três linhas, em nome do PMDB, para repudiar o denunciante Renan Trajano e botar fé na inocência de seu ilustre filiado, o que é comum aos partidos quando algum dos seus expoentes vive situação parecida.

Veneziano se diz muito satisfeito com “inúmeras” ligações recebidas por colegas do partido, a maioria deputados, manifestando solidariedade via Embratel ou quando instados por repórteres a comentar o tema publicado em página de destaque pelo gabaritado jornal Folha de São Paulo.

O silêncio do PMDB, enquanto instância, pouco incomoda o ex-prefeito, tanto que – assegura– nem pretende cobrar o que o colunista apontou como postura esperada de uma legenda solidária a um dos seus mais destacados quadros, diante de tão inflamável ofensiva. Diferente do deputado, continuo pensando que o caso em questão recomendaria manifestação pública e institucional, muito mais eficaz e simbólica do que a acanhada defesa no privado. Uma é posição. A outra, consolo.

Não mexam…
Aos adversários, a quem atribui a autoria intelectual do bombardeio, Veneziano, que vinha sem apetite para se candidatar a prefeito no próximo ano, manda um recadinho.

…Comigo
“Não está nos meus planos a eleição vindoura, mas me sinto cada vez mais atraído pra disputar. Eles (adversários) não me esquecem de jeito nenhum”, devolveu Vené.

Ponto final
Insistentemente questionado por jornalistas nas solenidades oficiais, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) arranjou um jeito de livrar das abordagens da imprensa sobre as denúncias do ex-tesoureiro. Ele lamenta a gravidade dos fatos e se exime de se aprofundar no tema com uma cravada: “Isso não é caso de política; é de polícia”!

Tirando…
Os repórteres do cotidiano da Câmara de Campina captaram o semblante de preocupação de alguns vereadores após a denúncia de mesada, feita por Renan.

…Sono
Nos bastidores, o ex-tesoureiro, autor das acusações, sugere a existência de vídeos que provariam o que verbaliza. Ao certo, ninguém sabe se existem e se um dia virão à tona.

Sangue novo
O advogado, jornalista e empresário Otho Rodrigo, da Aruanã (Carapibus), estuda convite de dois partidos para pousar na eleição de 2016 no Conde, litoral sul paraibano.

Bem…
O núcleo do prefeito Luciano Cartaxo recebeu com entusiasmo informação publicada no Correio Braziliense voltando a colocá-lo como único com chances nas capitais.

…Na fita
De acordo com a colunista Denise Rothenburg, o ‘case’ favorável de Cartaxo, contraposto a situação do petismo, despertou a atenção dos marqueteiros do partido.

Greve à vista
Bancários fecharam pauta: querem, dessa vez, 16% de reposição salarial, em razão da alta lucratividade, mesmo na crise, informa Marcos Henriques, do Sindicato da Paraíba.

PINGO QUENTE
“Eu quero distância desse mundo”.
Da ex-candidata à prefeita de Campina Grande, Tatiana Medeiros, e sua indisposição de voltar ao tenebroso e perigoso universo da política.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.

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