Até quem não engole ou diverge do governador Ricardo Coutinho, precisa reconhecer sua marca indelével na travessia de sonho para realidade do longo caminho percorrido pelo Centro de Convenções de João Pessoa, pensado na década de 80, projetado e iniciados por gestões anteriores, mas somente materializado no governo do socialista.

Finalmente, com muitos anos de atraso em relação aos vizinhos Pernambuco e Rio Grande do Norte, a Paraíba ganhou o seu. Se a expectativa foi longa, valeu a pena esperar: o nosso não fica devendo a nenhum outro espaço similar. É uma obra arrojada, imponente e de um valor estratégico imensurável para o Estado.

A entrega do belo Teatro Pedra do Reino – homenagem ao mestre Ariano Suassuna – simbolizou ontem a finalização de uma das mais aguardadas intervenções de nossa história recente. Com o Centro de Convenções, a Paraíba entra, definitivamente, na rota dos grandes eventos.

Aliás, essa inserção já ocorreu antes mesmo da inauguração oficial. A Robocup foi um exemplo. O Seminário da ONU de governança na Internet, a ser também sediado aqui, revela a dimensão e importância estratégica da capacidade de poder abrigar eventos de níveis nacional e internacional.

Nesse momento, não se pode, em hipótese alguma, ignorar a decisão política corajosa tomada por Ricardo de tocar uma obra caríssima, independente da participação dos cofres federais, como é de praxe. Questão de honra pro seu governo, Coutinho – graças ao equilíbrio financeiro do Estado – tocou o projeto sem assombros.

Se o conjunto arquitetônico é irrepreensível e o alcance econômico e turístico é exponencial, o Centro de Convenções de João Pessoa para os paraibanos tem um outro valor, sabor e significado ainda mais especial: ele levanta nossa auto-estima, condicionada governo após governo a se conformar com pouco.

EFEITOS
“Sei da expansão do emprego, da economia, da possibilidade concreta de geração e consolidação da identidade do nosso Estado”. Do governador Ricardo Coutinho.

PROFISSIONALIZAÇÃO
A administração do Centro de Convenções ficará a cargo da iniciativa privada. “Não se pode esperar dois meses para licitar uma torneira”, justificou Ricardo.

CORRENDO…
A articulação política do prefeito Luciano Cartaxo (PT) não vai esperar tempo ruim. Começou a mexer o tabuleiro e se antecipar ao cenário de rompimento com o PSB.

…ATRÁS
Além do presidente da Câmara, Durval Ferreira (PP), vereadores e presidentes de partidos estão sendo contactados. Na última reunião, 18 vereadores compareceram.

VEREDICTO DO POVO É O QUE VALE
“O mais importante é que temos tido o reconhecimento da cidade. No momento oportuno vamos fazer essa discussão política”. Do prefeito Luciano Cartaxo (PT) sobre a indisposição de Ricardo ao elogio à gestão municipal.

ESTREIA
Renan Trajano, ex-tesoureiro, deve abrir os trabalhos da CPI do Caixa Dois em Campina Grande, segundo sinalizou João Dantas (PSD), presidente da Comissão.

ESTOPIM
À Coluna, Trajano se diz pronto para enfrentar a sabatina na Casa: “Eu estou preparado para mostrar a verdade. Que a Justiça apure e sentencie quem for”.

REPRISES
Para o vereador Napoleão Maracajá (PC do B), há na gestão Romero Rodrigues (PSDB) rumores semelhantes. ”A transferência do lixo é mal contada”, crava o comunista.

OITIVAS
O deputado Hugo Motta (PMDB, presidente da CPI da Petrobrás, comandou outra pesada maratona de depoimentos, ontem. Entre os ouvidos, delegados e agentes da PF.

PINGO QUENTE
“Uma das maiores caixas pretas do Brasil”.
Do deputado federal Efraim Filho (DEM), confirmado na Presidência da CPI dos Fundos de Pensão.

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