João Pessoa, 08 de agosto de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em conversa reservada com alguns ministros no início da tarde desta sexta-feira (7), em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou resistência à proposta de virar ministro do governo Dilma.
“Só vou para o governo se for para ser ajudante de ordens da presidente; para repassar as ordens de Dilma”, disse Lula, bem humorado, segundo relatos.
Como revelou o Blog, com o agravamento da crise política, passou a ser avaliada no Palácio do Planalto a possibilidade de nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um cargo de ministro. Essa tese já é defendida por alguns interlocutores de Dilma e do próprio Lula.
Nas palavras de Lula, num regime presidencialista não é apropriado um ex-presidente participar de um governo. Mas garantiu que vai ajudar na governabilidade.
Depois de um ato em defesa do Instituto Lula – alvo de uma bomba caseira –, Lula recebeu um grupo de petistas. E conversou com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social).
Diferente de outros encontros recentes, onde Lula demonstrou abatimento e desânimo com a situação política atual, nesta sexta o ex-presidente estava mais animado. Disse que se colocava à disposição de Dilma para viajar pelo país.
E elogiou a agenda da presidente com os movimentos sociais e o roteiro de viagens pelo Nordeste. Para Lula, é preciso mostrar e reforçar tudo o que o governo fez na região. O Nordeste é considerado estratégico para Dilma estancar a queda de popularidade.
Diante da polêmica envolvendo o vice-presidente Michel Temer, que disse esperar que “alguém tenha capacidade de reunificar a todos” e depois colocou o cargo à disposição, Lula defendeu o peemedebista. Disse que Temer tem sido “um aliado muito fiel” e que tem “uma postura correta”.
OPINIÃO - 22/11/2024