João Pessoa, 09 de agosto de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Toda gestão faz questão de, até por estratégia de marketing, ostentar suas grandes, pomposas e marcantes obras. Apesar de tê-las no seu portfólio, como a revitalização da Lagoa do Parque Sólon de Lucena e a construção de novas UPA’s, o prefeito Luciano Cartaxo parece disposto a nadar contra a maré e apostar noutra lógica.
A lógica do poder de interferência na vida das pessoas daquelas intervenções tidas, a olho nu, como “pequenas”. A sua decisão de investir maciçamente na política municipal de creches demonstra essa opção pelo caminho mais discreto, mas não menos abrangente, combinando educação com inclusão social.
A cada inauguração, geralmente nas regiões mais periféricas da cidade, a fila de mães com pretensões de garantir matrículas dos filhos é grande. Uma demanda que revela o vácuo que existia nessa política pública e o tamanho do benefício para famílias menos providas de condições financeiras da cidade.
Os depoimentos chegam a ser comoventes. O nível dos equipamentos e estrutura à disposição de gente simples e humildes dos grotões da cidade surpreende, porque rompe com o nosso padrão de que coisa pública tem que ser de baixa qualidade, ou do jeito que der e puder.
Cartaxo também foca, além da construção de casas, em programas, como o dos cuidadores familiares, profissionais pagos para assistir a pessoas com deficiência de mobilidade, serviço somente disponível na rede privada e para quem pode pagar altas quantias. Aparentemente simples, as academias de saúde, acompanhadas de multi-profissionais, mexem com a autoestima de comunidades inteiras.
O olhar administrativo para essas áreas não deixa de ser audacioso. Na política, ninguém também se engane. É nesse contato cotidiano, olho no olho das pessoas, que Luciano – bom de corpo a corpo e carisma pessoal – fermenta sua base eleitoral, ao ter coragem de ir onde poucos foram e de ouvir muitos que nunca tiveram voz.
BH
Presidente estadual do PSD, o deputado Rômulo Gouveia foi à convenção estadual do seu partido em Minas Geras. Integrou a comitiva do ministro Gilberto Kassab.
CONDIÇÃO
O deputado Dinaldinho Filho (PSDB) quer cumprir o mandato integralmente na Assembleia, mas não nega: “Se Patos me convocar, eu disputarei em 2016”.
COLAPSO
A região de Sousa está em alerta. De acordo com as autoridades da área, o Açude São Gonçalo só tem água suficiente para abastecer a população por mais 40 dias.
FANTASMA
Depois de lançar manifesto contra “ódio ao PT”, o vereador pessoense Fuba Maroja foi fazer feira no supermercado. Sem medo da galopante inflação do governo petista…
POR DEBAIXO DOS PANOS
Comentário nos bastidores do Judiciário. Desembargadores com histórico de aliados do reconduzido procurador-geral de Justiça, Bertrand Asfora, teriam apoiado, secretamente, Carlos Paulo Neto. Traição, porém, devidamente diagnosticada.
ÚNICO
Na política de Cajazeiras é consenso. Somente o deputado Zé Aldemir (PEN) tem força eleitoral suficiente para enfrentar com chances a prefeita Denise Oliveira (PSB).
ALUCINAÇÃO
Uma das características em casos terminais é a legítima recusa do paciente em aceitar o oblívio iminente. Do colunista Igor Gielow, da Folha de São Paulo.
COMPILAÇÃO
Fundação João Mangabeira lança amanhã, no Recife, livro/resumo dos discursos do governador Eduardo Campos, organizado pelo jornalista paraibano Evaldo Costa.
ABREVIATURA
Dentro do Jardim Girassol, o secretário João Azevedo, opção do PSB para 2016, ganhou até sigla, como a RC, de Ricardo Coutinho: colegas de gestão lhe tratam como JÁ.
Pingo quente
“Quem determina quem deve falar sou eu”!
Do governador Ricardo Coutinho, sobre a escalação do secretário João Azevedo para discursar, em nome do PSB, na inauguração do Teatro Pedra do Reino.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.
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OPINIÃO - 22/11/2024