João Pessoa, 06 de julho de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em três meses, a candidatura de Ricardo Coutinho (PSB) sofreu dois abalos que precisam ser considerados no processo eleitoral e que podem ter efeitos vários na campanha.
Primeiro foi o PTB de Armando Abílio, um dos precursores da tão polêmica e agora real aliança de Ricardo e Cássio Cunha Lima (PSDB).
Agora, no desfecho dos registros das candidaturas, o PSB perde outro aliado de “primeira hora”: o PP de Enivaldo, Aguinaldo e Daniella Ribeiro.
A saída dessas duas legendas no mínimo consegue imprimir um efeito psicológico pelo menos na classe política mais acostumada a botar peso onde a balança pende mais.
O PP sempre discursou e defendeu a aliança com Ricardo. Divergiu do bloco cassista, quando o tucano ainda estava no poder para apostar na vitória de Coutinho em 2008.
Cansei de ouvir entrevistas de Aguinaldo Ribeiro no Correio Debate, da Correio Sat, convencido que o caminho irreversível seria votar em Ricardo para governador. A justificativa era o “sentimento do povo”.
Imaginava-se que os Ribeiros seguissem com o PSB até o fim da caminhada, até pelos gestos públicos de Ricardo demonstrando simpatia ao nome de Daniella Ribeiro. O final da novela foi bem diferente do script pré-anunciado.
Por mais que se considere PP e PTB partidos dominados pelo fisiologismo e pragmatismo político, as duas adesões têm significado de peso nesse começo de campanha.
Afinal, numa eleição acirrada onde um voto faz a diferença, qualquer perda pode ser fatal.
Fragilidade – O deputado Romero Rodrigues (PSDB), candidato a federal, tido como o pivô do rompimento do PP, não engoliu as desculpas apresentadas por Aguinaldo Ribeiro. “Nem um menino acredita nisso”.
Sem mágoas – Rômulo Gouveia (PSDB), vice de Ricardo, não quis atacar a família Ribeiro. Considerou a adesão uma decisão pessoal e desejou boa sorte a todo o clã campinense.
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