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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Os traumas dos recados de Ricardo

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publicado em 15/08/2015 ás 20h16

“Eram tantas críticas ao Hospital de Trauma, que depois das eleições parece que esqueceram. Até as eleições era um inferno. Todos os dias era gente dizendo que tinha piorado. Passaram as eleições, aí se esqueceram. Foi como mágica que esqueceram. Na Paraíba é assim…”.

As palavras são do governador Ricardo Coutinho, durante a solenidade de inauguração da reforma do Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Dirigidas a quem? Sem nenhuma dúvida, aos críticos de sua acertada – e aqui defendida – decisão de adesão à gestão pactuada no Hospital.

Por isso, para os destinatários do recado deve ter sido muito incômodo ouvi-lo, ontem, porque o certeiro alvo do governador, ao contrário do que se presume, não se resume aos contendores da eleição. Os maiores críticos do modelo estão hoje bem ao seu lado. PT e PMDB, atualmente aliados, lideraram na Paraíba uma campanha contra o que chamavam de terceirização.

Da tribuna da Assembleia Legislativa, expoentes dos dois partidos se revezaram e levantaram duríssimo discurso contra o “total desmonte da gestão de saúde pública”. Essa opinião contra o governo e a política adotada no Trauma durou exatos três anos e seis meses, cessada após as convenções e respectivas adesões.

Bom de memória, o governador Ricardo Coutinho tem a exata consciência sobre a quem se referiu e alfinetou quando, na presença do ministro da Saúde, Arthur Chioro, recordou do processo enfrentado para superar as críticas dos adversários de então e consolidar o atual modelo do Trauma.

O mais desavisado, como o ministro, pode ter pensado que Ricardo desabafava somente contra seus adversários de agora. Lego engano. Pregadores de pesados cravos na Cruz Vermelha no começo do governo, os convertidos aliados do momento foram condenados ontem a passar pelo calvário do confronto entre passado e presente. Um trauma!

PRENÚNCIO
Em 2014, coube a Tião Gomes (PSL) os primeiros ataques à aliança Cássio/Ricardo. De volta à cena, ele detona os explosivos agora contra a parceria PT e PSB.

FICO
Como era de se esperar, o prefeito Luciano Cartaxo sepultou sugestões e convites para mudança partidária. Permanece no PT, onde começou e forjou sua vida pública.

RESSABIADO
Captando estranhos movimentos na Câmara, o vereador Fernando Milanez (PMDB) terá conversa definitiva com Cartaxo antes de tomar a decisão de mudar de legenda.

TRADUÇÃO
Na articulação cartaxista, todo mundo entendeu a extensão do bem concatenado e certeiro discurso do vereador Bruno Farias (PPS) contra o governo Dilma e o PT.

CALAFRIOS NA SERRA
A morte do empresário Roberto Cantalice, ex-sócio da JGR, construtora citada nas denúncias do ex-tesoureiro Renan Trajano, foi o assunto do dia em Campina Grande. Sem resultado oficial da perícia, a causa da morte ainda é desconhecida.

MISTÉRIO
Até ontem à noite, ninguém sabia ao certo sobre quem recairá à presidência do PMDB de Campina Grande, cuja convenção municipal será hoje, às 9h, na sede da ACI.

ELO
“Veneziano é o nome que tem capacidade de unir as oposições”, sublinhou o senador Raimundo Lira (PMDB), defensor da tese de candidatura do ‘cabeludo’ em 2016.

DE OLHO…
Laura Pujol, consulesa de Cuba, apresenta as potencialidades do País, terça-feira, em João Pessoa, durante seminário promovido pelo Governo da Paraíba, via Cinep.

…NA ILHA
Na ocasião, o governador Ricardo Coutinho defenderá junto ao empresariado local a oportunidade e viabilidade de intercâmbio comercial com Cuba, pós-abertura.
Pingo quente
“Eu leio olhares, eu tenho esse poder”.
Do governador Ricardo Coutinho, na solenidade de inauguração da reforma do Trauma da Capital.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.

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