João Pessoa, 23 de maio de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O senador Efraim Morais vai precisar de muita habilidade e jogo de cintura para salvar sua pele nas eleições deste ano. Ele já sabe que está no alvo da imprensa nacional e pela experiência conhece os efeitos devastadores de uma exposição negativa permanente na mídia.
O grande desafio de Efraim é não ser o próximo Ney Suassuna, que em 2006 passou de um senador praticamente reeleito para um "leproso" cambaleando e suplicando pela cura nas urnas. Resultado: foi praticamente sepultado pelo eleitor.
O democrata certamente não esperava que as denúncias de 2009 ganhassem novos contornos em 2010 e logo às portas do mês de junho, período da convenção.
O caso deve ter seus desdobramentos durante todo o mês de junho e resquícios dentro da fase mais efervescente da campanha, de julho a outubro.
Se essa tendência for confirmada, a situação de Efraim ficará ainda mais delicada, mesmo que o senador consiga provar sua inocência, como vem pregando desde o surgimento do novo escândalo.
Todos lembram que nada ficou provado contra Ney Suassuna, mas a repercussão e frequente aparição das denúncias no cenário nacional foram suficientes para manchar e sujar o figurino do "trator", em pouco tempo reduzido a rastro de senador antes poderoso.
E o que Efraim pode fazer? Muito pouco. Se esforçar ao máximo para provar a inocência de forma convicente e arrancar dos aliados gestos de solidariedade, especialmente dos companheiros de chapa, Ricardo Coutinho (PSB) e Cássio Cunha Lima (PSDB).
Se o carma aumentar, não é de todo desprezível a possibilidade da retirada de Efraim do circuito ser cogitada pelos partidos da base oposicionista. Afinal, a pecha de corrupção pode colar na chapa inteira.
É aguardar pra ver.
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