João Pessoa, 19 de abril de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Apesar do insucesso na votação que escolheu o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o Governo respira aliviado por ter se livrado do calo seco chamado Arthur Cunha Lima (PSDB).
Além de comemorar a despedida do carrancudo tucano, a base governista se apraz com a chegada de um presidente com estilo mais sereno, equilibrado e até simpático a causa maranhista.
Ricardo Marcelo assume o comando do Legislativo paraibano com credenciais de sobra. Foi o único que teve coragem de peitar Arthur na disputa pela presidência. Só desistiu na última hora por não reunir voto suficiente em face ao esforço de Cássio em torno do primo.
Nas oportunidades que teve na presidência interina da Casa, demonstrou prudência e que sempre esteve vacinado contra a briga fraticida dos rivais políticos na arena da Assembléia.
Independente, Ricardo Marcelo não é deputado de A ou de B. Ele tem vida própria, por isso é respeitado por cassistas, maranhistas e ciceristas.
Certamente admininistrará a Assembléia como se fosse um gerente, assim como faz nas suas empresas, todas com reconhecido desempenho econômico e de resultados consideráveis.
Para o momento de turbulência política que se avizinha, Ricardo Marcelo cai como uma luva no plenário agitado da Casa de Epitácio Pessoa.
O estilo conciliador, paciente e de fácil trato do deputado-empresário favorecerá acordos e entendimentos entre bancadas, bem como facilitará a relação institucional Governo x Assembléia, abalada pelo envolvimento emocional e familiar do ex-presidente.
Voto casado – O senador Efraim Morais (DEM) aposta que será beneficiado pela votação de Cássio Cunha Lima em Campina Grande. O democrata acredita que o eleitor cassista depositará o segundo voto no companheiro de chapa do ex-governador.
Em segredo – Fernando Milanez passou dois meses negando na imprensa que estaria de malas prontas para assumir cargo no Governo. Ao ser nomeado, saiu-se com o argumento que teria guardado o convite em sigilo durante mais de um ano.
Tudo em casa – Pode até ser fruto apenas da boataria política, tão em voga na Paraíba, mas circula nos bastidores a informação de que Cássio estaria preparando o irmão Savigny Cunha Lima para ser seu suplente de senador.
De volta ao começo – Seria parte de uma estratégia. Cássio teria planos de ser candidato a prefeito de Campina Grande em 2012. Se eleito, deixaria um Cunha Lima no Senado.
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