João Pessoa, 01 de abril de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Deu o esperado. Veneziano preferiu ficar "na dele", cuidar da própria vida e ampliar o potencial da família na política paraibana. A luta agora é de Maranhão, que intimamente não deve ter engolido os argumentos do prefeito campinense. A reação dos maranhistas é sintomática.
Em João Pessoa, a decisão não surpreendeu nem os que gastaram os últimos dias para colocar em dúvida a renúncia de Ricardo Coutinho. A obstinação do socialista deve ter frustrado mais o PMDB do que "o fico amarelo" de Veneziano.
Em Campina Grande, funcionou o pragmatismo e a política do menor risco. A Prefeitura se prepara para receber volumosos recursos do Governo Federal, o que seduz ainda mais um prefeito sedento por tocar obras e se credenciar ainda mais perante sua principal base política. Para Veneziano, o futuro pode esperar. Principalmente em caso de derrota de Maranhão.
Em João Pessoa, prevaleceu a lógica da ocupação de espaços. Ricardo assume a dianteira e o comando da Oposição, independente do resultado das urnas. Ao deixar a Prefeitura nas mãos de um amigo, Coutinho fica livre para voar e enfrentar o seu maior desafio na meteórica carreira política.
Resta saber agora como as duas cidades encararão nas urnas as decisões e os projetos dos seus mais importantes líderes. Campina vai abraçar o candidato de Veneziano? João Pessoa incorporará o nome de Ricardo na disputa pelo Palácio? O comportamento do eleitor dos dois maiores municípios paraibanos decidirá a eleição.
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