João Pessoa, 29 de março de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A saída do PC do B do arco de alianças do pré-candidato do PSB, Ricardo Coutinho, tem um efeito sintomático. Era o único partido com militância de esquerda que se mantinha no projeto ricardista.
O governador José Maranhão decididamente entrou no jogo mexendo em duas cartas com poder simbólico a impactar a opinião pública.
Maranhão mirou e conseguiu as adesões do PTB e dos comunistas. Não por acaso, atraiu o partido de Armando Abílio, o primeiro a se rebelar dentro da base de Cássio e anunciar apoio ao PSB.
Agora, o governador contabiliza a declaração pública de aliança do PC do B, na data que a legenda completa 88 anos de atividades políticas no Brasil.
Ouvir da boca de Simão Almeida que o PSB já não é mais a alternativa de construção de um projeto de desenvolvimento da Paraíba chama a atenção de qualquer analista e deve servir de reflexão interna no ninho socialista.
O PC do B se afasta de Ricardo alegando incompatibilidade completa com uma aliança envolvendo o DEM e o PSDB, de Efraim Morais e Cássio Cunha Lima, respectivamente. É o preço da aliança de maior fôlego eleitoral.
A essa altura, o coletivo ricardista não pode mais zombar de Maranhão, há quem até pouco tempo pixava de "isolado" e sem perspectiva real de poder.
A euforia já passou. No núcleo duro de Ricardo chegou a hora de correr atrás do prejuízo, aproveitar a desencompatibilização e cair em campo, ciente de que vence quem errar menos e somar mais.
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