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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

O recado do PC do B

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publicado em 29/03/2010 ás 22h52

A saída do PC do B do arco de alianças do pré-candidato do PSB, Ricardo Coutinho, tem um efeito sintomático. Era o único partido com militância de esquerda que se mantinha no projeto ricardista.

O governador José Maranhão decididamente entrou no jogo mexendo em duas cartas com poder simbólico a impactar a opinião pública.

Maranhão mirou e conseguiu as adesões do PTB e dos comunistas. Não por acaso, atraiu o partido de Armando Abílio, o primeiro a se rebelar dentro da base de Cássio e anunciar apoio ao PSB.

Agora, o governador contabiliza a declaração pública de aliança do PC do B, na data que a legenda completa 88 anos de atividades políticas no Brasil.

Ouvir da boca de Simão Almeida que o PSB já não é mais a alternativa de construção de um projeto de desenvolvimento da Paraíba chama a atenção de qualquer analista e deve servir de reflexão interna no ninho socialista.

O PC do B se afasta de Ricardo alegando incompatibilidade completa com uma aliança envolvendo o DEM e o PSDB, de Efraim Morais e Cássio Cunha Lima, respectivamente. É o preço da aliança de maior fôlego eleitoral.

A essa altura, o coletivo ricardista não pode mais zombar de Maranhão, há quem até pouco tempo pixava de "isolado" e sem perspectiva real de poder.

A euforia já passou. No núcleo duro de Ricardo chegou a hora de correr atrás do prejuízo, aproveitar a desencompatibilização e cair em campo, ciente de que vence quem errar menos e somar mais.
 

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