João Pessoa, 14 de fevereiro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O que vai mudar no quadro político paraibano após a quarta-feira de Cinzas. Pelo desenho de agora, praticamente nada.
Cícero Lucena deve continuar de jogo duro e resistente a se entregar e desistir da condição de pré-candidato ao Governo do Estado. Ele não facilita a vida de Ricardo.
O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), continua animado na sua caminhada de candidato irreversível a enfrentar o PMDB nas urnas.
A falta de definição do PSDB é um fator negativo para quem esperava definição mais rápida. Fica a sensação no grupo ricardista que está faltando algo. Precisa-se de Cássio de fato e de direito no palanque.
O governador José Maranhão (PMDB), cada vez mais convicto de que tem elementos favoráveis para disputar novamente, segue discretamente na tentativa de costurar apoios e adesões.
Aos poucos vai arregimentando prefeitos pelo Interior. O desafio do governador é abrir espaços para consolidar sua chapa. Vai querer uma definição de Veneziano logo.
O prefeito de Campina Grande, por sua vez, se não houver fato extraordinário, se manterá na prefeitura. Veneziano teme pelo futuro do seu grupo político em caso de desencompatibilização.
O mês de março bate as portas de Cássio Cunha Lima e ele amarga o dissabor da indefinição de seu partido, o que pode inclusive lhe atrapalhar, caso a decisão da cúpula seja pró-Cícero ou demore além da conta.
A preço de hoje, a disputa política pela cadeira mais cobiçada do Palácio da Redenção tende a registrar lances de muita rivalidade. Um jogo que será decidido pelo detalhe.
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