João Pessoa, 07 de fevereiro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em 2006, a declaração de bens do então candidato a reeleição Cássio Cunha Lima (PSDB) surpreendeu. O tucano se limitou a revelar que possuía uma granja em Lagoa Seca e mais algumas posses que somavam em torno de R$ 499.036,03. Nem carro pra andar Cássio tinha. Um patrimônio muito modesto.
Mesmo diante de tamanha carência financeira, Cássio Cunha Lima pôde desfrutar de uma das mais caras bancas de advogados eleitoralistas para lhe defender de dezenas de processos na Justiça Eleitoral.
Foram três anos de batalha. Os advogados certamente tiveram que ser bem pagos durante todo esse período de embate nos tribunais regional e superior eleitoral.
Vem a cassação. Cássio fica "desempregado" da política paraibana. Nas entrevistas concedidas, anunciou que para sobreviver iria voltar a atuar como advogado (se que é algum dia já militou nessa condição) na banca dos amigos juristas Harrison Targino e Luciano Pires, dois ex-auxiliares.
Pouco tempo depois viajou para os Estados Unidos para aperfeiçoar o inglês. Passou quase seis meses em terras norte-americanas. Na volta, a única língua que demonstrou ter apreendido com afinco foi o idioma pró Ricardo Coutinho (PSB).
Permanecer nos Estados Unidos por tempo considerável não deve ser tão barato assim. Não é programa para assalariado, desempregado ou para quem não tem dinheiro nem para comprar um carro de passeio.
Nosso ilustre ex-governador volta a Paraíba. Não se tem notícia de ter atuado em sequer um processo judicial para ganhar honorários suficientes ao sustento próprio, familiar e bancar as despesas da manutenção da granja Araticum. O único lítigio que atuou foi o do isolamento do "amigo-irmão" Cícero Lucena (PSDB).
Em curto espaço de tempo, Cássio fez várias viagens a Minas Gerais e São Paulo. Antes do carnaval, deixou o estado e volta agora aos Estados Unidos com a família para descanso e reflexão. Novas despesas consideráveis.
Impressiona a capacidade do ex-governador fazer economias. Deve ter poupado o salário que recebeu durante os quase seis anos na condição de governador da Paraíba para hoje dispor de reserva suficiente capaz de lhe dar o privilégio de sempre poder dar um "pulinho" nos Estados Unidos.
É mais um dote de Cássio Cunha Lima. E eu que pensei que ele só fazia dinheiro voar.
Ressurreição – Ele se foi dessa para melhor em 20 de novembro de 2004. Paraibano de Pombal, Celso Furtado foi um dos economistas mais importantes do país. Foi tão importante que ainda tem site paraibano achando que ele está mais vivo do que nunca e ainda no comando de reuniões políticas. "Morreu para ti paraibano ingrato", interviria algum conterrâneo mais apaixonado.
A vice – O PT não abre mão de ser vice na chapa de Maranhão. Enquanto esse discurso entoa nas reuniões petistas, os maranhistas se desdobram para convencer Veneziano Vital do Rêgo a aceitar ser o companheiro do governador na luta pela reeleição. Alguém está sobrando na curva.
Aos leões – Pelo o que estão fazendo, o deputado federal Armando Abílio já tem motivos de sobra para chutar o pau da barraca. Abílio está parecendo réu em depoimento a delegado. Interrogado no canto de parede. Até onde, o petebista vai suportar?
Depende – A definição do vice de Ricardo Coutinho depende da decisão do prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital. O rumo de Vené será decisivo para o coletivo socialista buscar o fechamento da chapa.
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