João Pessoa, 03 de fevereiro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Os agentes políticos que – democraticamente – fazem Oposição ao prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), definitivamente demonstram absoluta incompetência de criar um fato forte para arranhar a imagem construída pelo presidente do PSB paraibano.
É uma mancada atrás da outra. O feijão jogado no lixo, de 2008, não provocou nenhuma indigestão a Ricardo. As rachaduras da Estação Ciência não mexeram nadinha com o ímpeto dos turistas que visitam aquele espaço.
Em 2010, foi a vez da ressurreição de Francisco Barreto na artilharia oposicionista. Atirar até que ele sabe, mas o discurso do acadêmico com a denúncia de “inchaço na folha de pessoal”, por um ou outro motivo, não pegou.
O episódio do café da manhã do PPS também não produziu o efeito esperado. Ficou o dito pelo não dito. Não teve o efeito explosivo pretendido perante a população, em que pese ter virado manchete.
Agora, surge a brilhante idéia de levar um pelotão para ficar cara a cara com o prefeito na Câmara de João Pessoa, por ocasião da reabertura dos trabalhos legislativos. No front, Francisco Barreto, Nicola Lamonaco, Aníbal Marcolino e Marconi Paiva.
O quarteto não conseguiu ao menos virar fotografia para portal de notícia. Ouviram Ricardo, reclamaram do discurso do prefeito e nada mais forte. Se não fosse o barulho dos agentes de saúde, a sessão teria sido mais tranquila do que o efeito relaxante de chá de camomila.
E por que os tomates jogados em Ricardo Coutinho não lhe sujam ao ponto de precisar trocar de camisa? Talvez porque quem os joga não tem mira certeira ou não consegue esconder as motivações reais dos ataques.
Parece tudo ataque de histerismo, sem sinceridade, sem verdade. Soa a vingança de quem teve interesse contrariado, de alguma ordem. Coincidência ou não, a maioria dos algozes do prefeito da capital paraibana estão no ostracismo político, quase todos sem mandato, com exceção de Nadja Palitot (PSL), graças ao favor feito pelo governador José Maranhão (PMDB).
Os equívocos da Oposição só têm ajudado Ricardo. Quase sempre, ele sai como vítima das denúncias feitas contra o Governo Municipal. O ódio, a sede de vingança, o destempero, a falta de substância e os excessos levam os opositores do socialista a falarem ao vento.
Certamente o prefeito tem muitos defeitos políticos a serem explorados pelos seus adversários. No entanto, essa tarefa precisa ser feita por alguém que transmita firmeza, senso de justiça, equilíbrio e temperança. Não por vozes carregadas de frustração ou revanchismo.
A Oposição precisa refletir nas estratégias adotadas. Do contrário, o efeito será sempre colateral. Enquanto bradam, Ricardo cresce ao ponto hoje de ser o principal obstáculo no caminho da reeleição de Maranhão, deixando gente graúda da política pra trás e comendo poeira.
Remota – Só mesmo o destino para ajudar ao atual vice-governador Luciano Cartaxo. Na conjuntura de 2010, com perspectiva de pleito acirrado, dificilmente o ex-vereador de João Pessoa será o nome escolhido como companheiro de chapa de Maranhão na reeleição. O staff do governador sabe que precisa de uma figura que agregue votos, preferencialmente de Campina Grande. Requisitos que Cartaxo não ostenta.
Equilíbrio – Impressiona como em pouco tempo o deputado estadual Rodrigo Soares adquiriu maturidade política. Ponderado, ele não entra no embate com Luiz Couto e constrói a imagem de líder e dirigente pacificador. Nos bastidores, articula apoios que lhe dão suporte para disputar a Câmara Federal.
Teatro – Enquanto junta uma centena de aliados e simpatizantes em festa de lançamento da candidatura ao Senado, Wellington Roberto (PR) intensifica os entendimentos para fechar dobradinha como candidato a federal com Vituriano de Abreu (PSC) para estadual.
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