João Pessoa, 31 de janeiro de 2010 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A denúncia veiculada com exclusividade no portal MAISPB mostra como nossa Paraíba anda calejada. Praticamente não recebe um grande investimento do Governo Federal e o pouco que chega vira cemitério do que nem nasceu.
É o caso da Estação de Psicultura construída pelo Dnocs no Perímetro Irrigado de São Gonçalo, dentro dos limites do município de Marizópolis.
Se não fosse o descaso e abandono, 59 açudes da Paraíba e Rio Grande do Norte estariam sendo alimentados com 5 milhões de alevinos (filhotes de peixe) por ano.
Peixe que nem nasceu e impede os nossos pescadores terem melhores condições de vida, emperra o desenvolvimento de nossa aquicultura e barra a possibilidade de mais dinheiro circulando no mercado.
O que mais revolta, no entanto, é ver uma obra de R$ 1,2 milhão jogada ao relento, como se fosse casa mal assombrada.
E o pior: não há uma voz que se levante. Enquanto todos calam, o prédio vai ruindo aos poucos, na companhia apenas das aranhas e insetos que hoje o habitam.
Onde deveria ter água e peixes, só há sequidão e mato. Um oásis esquecido no meio do deserto de terras férteis e povo sedento por oportunidades.
Um grande equipamento que poderia ajudar a mudar a vida de tantas famílias sertanejas vai aos poucos se escondendo no meio da vegetação sertaneja.
Vergonha para o Dnocs, responsável pela obra e administração. Vergonha para o Governo Federal, de onde partiram os recursos. Vergonha para a classe política da Paraíba que assiste tudo placidamente enquanto sonhos e esperanças são enterrados no coração de um Sertão sangrado.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
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