João Pessoa, 28 de dezembro de 2009 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A decisão atabalhoada da Sudema de fechar a Estação Ciência Cabo Branco no final de semana se configurou em grande equívoco administrativo e político do Governo do Estado.
O Órgão agiu com destempero, assodamento demasiado e falta de sensibilidade para discernir o tamanho das consequências de ato tão rasteiro e infeliz.
Por mais que o governador José Maranhão (PMDB) tenha censurado publicamente a direção da Sudema, o ônus resvalou na figura do chefe do Executivo Estadual.
Não é possível que uma determinação como essa não tenha passado pelo conhecimento de Maranhão. Se isso aconteceu, o governador tem obrigação de punir exemplarmente o auxiliar que o faz amargar desgaste desnecessário.
Se não o fizer, as palavras proferidas pelo governador em forma de meia culpa serão jogadas ao vento. Nenhuma valia terão.
Mesmo que a Estação Ciência ainda não tenha obtido a regularização ambiental plena da Superintendência, fato contestado pela Prefeitura, a saída racional da Sudema nem de longe passaria por uma interdição abrupta e desproporcional.
As instituições existem para resolver problemas da melhor forma possível e também punir com rigor, mas sem prejudicar o relacionamento institucional e nem muito menos a coletividade, como foi o caso dos turistas que ficaram impedidos de visitar o espaço construído no Altiplano Cabo Branco, hoje principal cartão postal de João Pessoa.
Mesmo que o governador não tenha tido nada a ver com tão reprovável iniciativa, fica a sensação que em nosso Estado até as questões de ordem técnica e ambiental obedecem aos ditames da politicagem.
Uma constatação que macula a já tão combalida impressão da opinião pública sobre nossa classe política. Lamentável.
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