João Pessoa, 20 de janeiro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ninho tucano até tentou tirar por menos o reencontro com o senador Cássio Cunha Lima, após férias, silêncio e mergulho reflexivo do líder da oposição. O esforço era para desassociar a reunião da estratégia e foco na eleição da Mesa Diretora da Assembleia, atualmente comandada pelo deputado Ricardo Marcelo, aliado do senador.
Mas o próprio resumo dos temas abordados no almoço na casa da deputada Camila Toscano revela que, na pauta, o assunto ganhou conotação de prato principal, e não simples entrada como se tentou fazer a opinião pública engolir. A disputa pelo Poder foi, na verdade, degustada com muito apetite.
Ficou estabelecido o discurso a ser entoado por todos os tucanos: uma Assembleia livre, soberana e sem interferência do governo estadual. No encontro, fecharam questão contra a eleição no mesmo dia da chapa para o segundo biênio. E o grupo também decidiu brigar pela participação na Mesa e comissões temáticas.
O cardápio não poderia ser mesmo diferente. A manutenção do controle da Assembleia nas mãos de um parceiro político, e de caminhada de 20014, como é o caso de Ricardo Marcelo, é absolutamente estratégico para os planos da oposição. O espaço permite tribuna e poder de contraponto ao tamanho da estrutura do governo.
Ao entrar em cena, Cássio assimilou que o governador Ricardo Coutinho vai trabalhar com todas as forças para garantir a eleição de um aliado. O governo, obviamente, tem meios e mecanismos bem mais atrativos que a oposição para seduzir votos e desestabilizar os adversários na peleja interna da Assembleia.
A oposição está consciente. No meio do caminho há uma grande pedra a ser transposta; um Ricardo Coutinho obstinado a ganhar o jogo. Mais do que ninguém, essa mesma oposição já sentiu na pele e sabe do osso duro a ser roído.
*Reprodução do Correio da Paraíba.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
BIÊNIO 2025-2027 - 26/11/2024