João Pessoa, 17 de janeiro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Dentre os avanços conquistados por João Pessoa nas últimas gestões, a cidade não pode retroceder no aspecto do controle urbano, uma conquista a duras penas e que rendeu polêmica e desgaste para o então prefeito Ricardo Coutinho, que encarou o problema de frente sem temer prejuízos e nem perda de votos.
O ordenamento urbano foi aprovado pelo cidadão pessoense, mesmo debaixo de todas as pressões e exploração política feita à época no intuito de demonizar o processo de ‘limpeza’ das vias. Todos entenderam que o vendedor ambulante não deveria ser criminalizado, mas relocado e os espaços públicos desobstruídos.
Nesse quesito, a gestão do prefeito Luciano Cartaxo vem relaxando. Bastou um pequeno afrouxamento, para a cidade ser invadida de forma desordenada. O Centro da Capital aos poucos volta a ser um grande feirão a céu aberto, o que é ruim para o transeunte e para os próprios vendedores, seduzidos a uma iminente autofagia.
O descontrole não atinge somente a região central da cidade, naturalmente agitada pelo fluxo dos carros e ônibus de todos os bairros e freqüentada pelas camadas mais populares no cotidiano. Porém, a invasão e o desordenamento já chegaram aos espaços, digamos, mais nobres de João Pessoa.
Neles, a situação ocorre de outra forma. O abuso passa a ser prática por quem deveria dar o exemplo. Donos de bares e restaurantes da orla nessa época de férias e de intensa movimentação suplantam os limites privados e aumentam a capacidade de seus empreendimentos à custa das calçadas públicas.
Essas são cenas comuns hoje em dia e são duplamente negativas porque usurpam o direito do cidadão ir e vir, obrigando-o a serpentear entre cadeiras, mesas e carros, e transmitem um cartão postal ruim para os nossos visitantes. Afinal, a primeira impressão é a que fica. E nem sempre nós temos pela segunda vez a chance de causar a primeira boa impressão.
*Reprodução do Correio da Paraíba.
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