João Pessoa, 04 de janeiro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Difícil encontrar, até entre os adversários mais renhidos, quem tenha raiva e restrições pessoais ao prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues. Ele é por natureza uma figura dada à boa convivência e parcimonioso até nos embates inevitáveis com os rivais da política.
Se esse ar sereno, simples e leve lhe favoreceu na vida legislativa, no Executivo Romero tem outra imagem muito importante na gestão pública, aliás, essencial: ele transmite honestidade. E o que falta para o gestor Romero Rodrigues, prefeito da segunda mais importante cidade da Paraíba, se afirmar, definitivamente?
Uma política estratégica de comunicação, porque basta uma conversa com o tucano, como a que tivemos recentemente durante entrevista no Correio Debate, para o interlocutor se impressionar com projetos e ações em curso na sua gestão, porém, inexplicavelmente, desconhecidos do grande público na proporção merecida.
Principal calo de todas as administrações, em todas as esferas, a Saúde tem merecido uma aplicação especial de Romero. De todo o orçamento de Campina Grande, ele investe 25% no setor, mais do dobro do limite mínimo constitucional (12%). Só esse dado isolado já lhe garantiria uma marca com grande potencial de marketing.
Desde a posse, o prefeito vem comprando terrenos particulares em locais estratégicos para abertura de novas vias e aproveitamento para uso público. Uma medida que, convenhamos, inverte a lógica privativista das gestões, mais voltadas a vender ou ceder espaços públicos para a iniciativa privada, do que o contrário.
Mas é o Complexo Aluísio Campos – área de 800 hectares comprada pela Prefeitura – a jóia da coroa. Lá, o prefeito projeta a expansão de uma nova cidade, com 4.100 casas contratadas, equipamentos públicos (creches, postos de saúde) e instalação de médias e grandes empresas. Uma ação, no mínimo, inovadora para nossos padrões. Eis a questão: Romero faz um governo ousado, mas na imagem a cara é de tímido.
*Reprodução do Correio da Paraíba.
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