João Pessoa, 08 de dezembro de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em tese, o Brasil é um Estado sem religião oficial. Em tese, porque, na prática, a realidade é bem diferente. O cristianismo não é só exercido pela esmagadora maioria da população, como está presente no cotidiano até de quem não comunga desse credo, voluntária ou involuntariamente.
Os feriados religiosos abarcam, no mesmo balaio, crentes e não crentes nos santos em questão e até aqueles que não encontram qualquer motivo pessoal ou de fé para parar toda sua rotina de trabalho nas múltiplas datas comemorativas, majoritariamente situadas no calendário da Igreja Católica.
Não se vê, entretanto, quem condena sistematicamente o uso de símbolos sacros em repartições e instituições públicas movendo uma palha ou dando uma tuitada sequer contra o festival de feriados religiosos no Brasil. O discurso de oposição é parcial. Contra os crucifixos, tudo, contra os feriados, nada. O melhor é desfrutá-lo, por certo.
E olhe que a profusão de datas alusivas a temas da Igreja não é coisa pouca. Hoje, por exemplo, o Brasil repousa o feriado de Nossa Senhora da Conceição, para os católicos, e o Dia de Iemanjá, para os adeptos dos cultos africanos, embora a maioria dos beneficiários do feriadão nem conheça a Santa e muito menos saiba ao certo o sentido da celebração.
À exceção dos verdadeiramente devotos e praticantes, a data é usada na verdade para o relaxamento do dia anterior de farra, diversão ou mesmo para uma esticada no ócio. A parcela que realmente faz do feriado religioso um momento de adoração e reflexão não justifica a paralisação nacional.
Fora hoje, o País também aperta o botão de stop anualmente na sexta-feira da Paixão, Corpus Cristhi, Nossa Senhora Aparecida e Natal, sem contar com os calendários estaduais e municipais reverenciando suas respectivas padroeiras. Além de atropelar o tal laicismo assentado decorativamente na Constituição, pergunta-se: essa cultura é justa com os praticantes de outros credos?
Suspense de… – Não é dos melhores o clima no staff de José Maranhão (PMDB) após vazamento de lista caseira para indicações pessoais do senador eleito para o governo Ricardo Coutinho.
…Novela – No esquadrão, há uma clima generalizado de intrigas sobre a autoria da iniciativa. Desconfia-se uns dos outros. Reina a suspeita de tentativa de queimação de listados.
Ariano “contamina” chapa – Pegam o vice, Ariano Vanderlei, os principais fundamentos dos advogados de Amadeu Rodrigues para impugnar a chapa de Coriolano Coutinho. Como administrador da FPF, Ariano atrasou pagamento de contribuições e como procurador de Estado tem participação vedada na eleição, alega Marcos Souto Filho, com base na Lei Pelé.
Referência – Secretários e aliados do prefeito Luciano Cartaxo exultantes com a consolidação de João Pessoa no cenário da música clássica, após o êxito do II Festival do gênero.
Sucessão – Não será fácil para Cartaxo arranjar um “Zennedy” para sua Chefia de Gabinete. Poucos no PT desfrutam de sua total confiança como o novo secretário de Planejamento.
Mobilidade – Aguardando nomeação para o Porto de Cabedelo, Lucélio Cartaxo (PT) está para continuar na área de transportes: parte do trem para embarcar agora nos navios.
Cuidando da base – Novato, o deputado eleito Bruno Cunha Lima (PSDB) se mexe para fidelizar “seus prefeitos”. Amanheceu ontem em Brasília para cavar recursos durante a semana.
Porta aberta – Meses após a retenção de repasses ao Hospital Regional, o prefeito de Guarabira, Zenóbio Toscano, já admite entendimento com a Secretaria de Saúde do Estado.
É ela – Atende pelo nome de KPMG a empresa paulista responsável pela proposta e projeto de Parceria Público Privada para construção do novo Centro Administrativo do Estado.
Experiência – O secretário de Educação de João Pessoa, Luiz Júnior, está em Salvador, onde ministra hoje palestra no VIII Simpósio Regional de Política e Administração de Educação.
Menina dos olhos – Assessores dão como certas iminentes mudanças em diretorias do Detran, órgão “secado” pelos novos partidos da base. O PMDB, por exemplo, está de olho.
Presente – Na tradicional festa de fim de ano da Unimed-JP, sábado, um tema se sobressaiu nas conversas entre os médicos cooperados: o fim do pró-rata, depois de muitos anos.
Luzes – Assim como em João Pessoa, iluminação de Natal de Campina Grande tem merecido destacados elogios. As duas cidades se redimiram do “blecaute” do ano passado.
PINGO QUENTE – “Pedir a volta da CPMF é querer sangrar ainda mais o povo”. Do deputado Ruy Carneiro, contra a ressurreição do imposto, sepultado pelo Congresso a pedido da população brasileira.
*Reprodução do Correio da Paraíba.
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