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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Representação

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publicado em 04/10/2014 ás 11h22

Impossível não pegar carona no pertinente e bem alinhavado artigo do ex-senador Roberto Cavalcanti para exortar o eleitor paraibano a refletir sobre a escolha dos nossos futuros legisladores, um voto geralmente relegado ao pouco caso do cidadão e passível de influências maléficas e fúteis.

Pelo o que se sabe, vê e se testemunha, é caso de se apelar mesmo, na mais pura acepção da palavra. O voto pra deputado é levado a sério por uma diminuta parcela da população. A maioria se permite a negociar sua decisão. Às vezes no sentido financeiro, às vezes terceirizando sua convicção e se deixando levar por indicações.

O voto pra deputado é o mais mercantilizado. Não por acaso os pretendentes gastam fábulas com os atravessadores desse perverso e criminoso mercado, que cooptam direto na fonte. Uma realidade de ponta a ponta nesse Estado. Assim, apesar do apelo, o que esperar de uma representação que será fruto desse balcão?

Infelizmente, pouco ou quase nada. As vagas da bancada federal estão praticamente loteadas entre famílias. A taxa de renovação tende a ser baixa e o que houver de novidade representará simplesmente a lógica da ocupação oligárquica dos espaços de representação.

Na Assembleia, o poder de fogo, a estrutura da campanha e, mais uma vez, a tradição familiar tendem a ditar as regras. Nas rodas políticas, ser considerado um “candidato liso” é a pior praga que alguém pode jogar no postulante. É a senha para cabos eleitorais se afastarem e a “sentença” de derrota.

Ainda assim, diante desse quadro desolador, há de se invocar o poeta porque é “preciso ter força, é preciso ter raça” para manter viva a esperança e acesa a chama de que o voto tem o poder da transformação. O poder de construir o dia em que pra virar deputado não seja preciso carregar um sobrenome “Filho” na certidão de nascimento.

Sensação de… – Demorou, mas finalmente petistas e aliados de Lucélio Cartaxo, candidato ao Senado, puderam comemorar o endosso da coligação com o PSB, no TSE, em Brasília.

Alívio – “O ministro (Luiz Fux) adentrou no mérito de forma profunda, tratando todas as questões relevantes. Uma decisão impecável”, analisou o advogado Marcos Túlio.

Final da batalha – Em contato com a Coluna, Lucélio desabafou com recado direto ao PMDB: “Tentaram, fizeram de tudo, mas não conseguiram impedir minha candidatura. Quem vai decidir agora é o povo da Paraíba, confio na vontade popular. Aposto no sentimento do povo pela renovação. Eu tenho essa convicção”.

Vídeo – Filho de Parari, pequeno município do Cariri, o jornalista Evaldo Costa, candidato à Câmara Federal, ganhou depoimento de João, herdeiro mais velho de Eduardo Campos.

Testemunho – “Evaldo foi um companheiro do meu pai em sete anos de governo e foi fundamental para construir sonhos nas vidas das pessoas de Pernambuco”, diz o jovem de 20 anos.

Coletivo – O PMDB paraibano ainda não entendeu que um eventual fiasco da candidatura própria do partido não entrará somente na conta do senador Vital do Rêgo (PMDB).

Incentivo fiscal – Bem articulado, o Sindifisco escolheu estratégicos candidatos de fortes divergências com o governador Ricardo Coutinho para e$timular suas respectivas campanhas.

Espinharas – A prefeita Chica Motta (PMDB), de Patos, elencou uma série de obras de José Maranhão pra justificar seu apoio: “Não temos dificuldades em pedir votos para ele”.

Pé no chão – Em reuniões de trabalho na campanha, o senador Cássio Cunha Lima impressionou a muitos pela capacidade de ouvir, ponderar e acolher conselhos dos que o rodeiam.

Pulo do gato – O deputado Janduhy Carneiro (PTN) pulou uma fogueira ao sair da coligação do PMDB e se aliar a PTdoB, PRB e PPS. Praticamente garantiu a renovação do mandato.

Em Sousa – O prefeito André Gadelha (PMDB) e o ex Fábio Tyrone (PSDB), adversários ferrenhos, têm um traço em comum: ambos não votam nos candidatos ao governo de seus partidos.

Dúvida cruel – Depois do debate da Globo, eis a indagação no seio petista: no segundo turno, quem é pior para Dilma enfrentar; a incógnita Marina ou o ascendente Aécio Neves?

Balanço – R$ 116,3 milhões. Esse foi o total liberado em empréstimos e investimentos pelo Banco do Nordeste nas micro e pequenas empresas da Paraíba, somente este ano.

PINGO QUENTE“João Pessoa saberá dar o troco”. Do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PEN), acusando a gestão de Ricardo de perseguição, arrogância e truculência.

*Reprodução do Correio da Paraíba.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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